NECESSÁRIO

Pais atípicos pedem mais professores de apoio durante audiência pública

Gisele Barcelos
Publicado em 02/05/2025 às 21:52
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Vereador Tulio Micheli, durante a audiência pública para tratar da inclusão, ocorrida esta semana na Câmara Municipal (Foto/Divulgação)

Vereador Tulio Micheli, durante a audiência pública para tratar da inclusão, ocorrida esta semana na Câmara Municipal (Foto/Divulgação)

A cobrança por mais professores de apoio na rede municipal e críticas quanto à demora em viabilizar o atendimento aos alunos com necessidades especiais foram questões recorrentes no plenário da Câmara Municipal durante a audiência pública da inclusão esta semana. O evento ocorreu por iniciativa do vereador Tulio Micheli.

Durante a reunião, alguns pais relataram que vários estudantes aguardam desde o começo do ano para terem o acompanhamento com o professor de apoio e até agora não foram atendidos. 
Também foi reivindicada maior agilidade na análise dos laudos para seleção dos alunos a serem contemplados para ter o acompanhamento do profissional, pois os pais informaram que existem situações em que o processo demora até quatro meses para avançar.
Presente à audiência, a secretária municipal de Educação, Juliana Petek, afirmou que o município está recebendo muitos alunos com necessidades especiais que eram da rede pública estadual e até de escolas particulares. Com isso, a quantidade de laudos para avaliação é alta e demanda um prazo maior para resposta. “Hoje estamos recebendo mais de 30 laudos por dia”, ponderou.
Além disso, a titular da Educação argumentou que a Prefeitura já ampliou o quadro de professores de apoio, mas ainda não foi suficiente para suprir a demanda crescente. “Desde 2021, já dobramos a quantidade de professores de apoio e nós não conseguimos fazer a cobertura total dos serviços. Hoje ainda temos 102 crianças aguardando esses profissionais”, disse.
A secretária ainda manifestou que foi aberto processo seletivo para contratar mais profissionais de apoio, porém o índice de desistência dos candidatos não permite suprir as lacunas. “Do concurso público do magistério, a cada 100 profissionais só 70 tomam posse e 10% pedem exoneração do cargo. No processo seletivo para professor de apoio, observamos declínio de 50% dos profissionais. Estamos chamando constantemente e temos que lidar com essa realidade”, alegou.
Na audiência, a isenção de IPTU para famílias atípicas, a redução da jornada de trabalho para servidores públicos com autismo e até o reforço da fiscalização quanto ao uso das vagas de estacionamento destinadas a portadores de deficiência também foram propostas apresentadas no plenário da Câmara Municipal.

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