O Departamento de Justiça, o FBI, o Departamento de Segurança Interna e o Escritório Federal de Prisões foram instruídos a colaborar na reativação da penitenciária (Foto/Reprodução)
Em uma medida polêmica, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou neste domingo (4) a reabertura e expansão da histórica prisão de Alcatraz, localizada na baía de São Francisco, Califórnia. Fechada desde 1963, a penitenciária é conhecida por ter abrigado criminosos notórios, como Al Capone, e por sua reputação de segurança máxima.
Através de sua plataforma Truth Social, Trump declarou que a nova Alcatraz será "substancialmente ampliada e reconstruída" para receber os "criminosos mais cruéis e violentos dos Estados Unidos". O presidente afirmou que a reativação da prisão servirá como um símbolo de "Lei, Ordem e Justiça", destacando a necessidade de isolar indivíduos perigosos da sociedade.
"Por muito tempo, os Estados Unidos têm sido atormentados por criminosos cruéis, violentos e reincidentes, a escória da sociedade, que nunca contribuirá com nada além de miséria e sofrimento", escreveu Trump em sua rede social. Ele criticou o sistema judicial atual por sua suposta leniência e afirmou que não tolerará mais a presença de criminosos em série que espalham "sujeira, derramamento de sangue e caos" nas ruas.
A decisão de reabrir Alcatraz ocorre em meio a uma série de medidas controversas adotadas pelo governo Trump em seus primeiros cem dias de mandato, incluindo a reativação da prisão de Guantánamo para receber imigrantes e criminosos, além de acordos com países como El Salvador para abrigar prisioneiros. O presidente também não descarta a possibilidade de deportar cidadãos americanos para prisões fora dos Estados Unidos.
Viabilidade
A reabertura de Alcatraz, atualmente um ponto turístico que atrai cerca de um milhão de visitantes por ano, levanta questões sobre a viabilidade da proposta, considerando os altos custos operacionais que levaram ao seu fechamento original. Além disso, a iniciativa enfrenta críticas de defensores dos direitos humanos e especialistas em justiça criminal, que questionam a eficácia e a legalidade de tais medidas.
O Departamento de Justiça, o FBI, o Departamento de Segurança Interna e o Escritório Federal de Prisões foram instruídos a colaborar na reativação da penitenciária. A comunidade internacional e organizações de direitos civis observam atentamente os desdobramentos dessa política, que marca um endurecimento significativo na abordagem do governo Trump em relação à criminalidade e imigração.
Fonte: O Tempo