Vereador cobra reavaliação do Ibama de obra de linha de transmissão elétrica
(Foto/Divulgação)
O vereador Ripposati Filho (PSD) cobrou do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Não Renováveis (Ibama) a reavaliação dos impactos sobre o patrimônio paleontológico de Uberaba relacionados à futura Linha de Transmissão 500kV Silvânia – Nova Ponte 3 – Ribeirão Preto.
O pedido foi formalizado por meio de Requerimento ao presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho. De acordo com o parlamentar, a preocupação surgiu após audiência pública realizada no dia 11 de junho, onde os impactos sobre áreas fossilíferas foram classificados como “baixos, permanentes, irreversíveis e de média relevância”.
Para Ripposati, essa avaliação exige revisão urgente. “Não se trata apenas de um traçado técnico, mas de proteger um acervo científico único no mundo”, alerta.
No Requerimento, o pessedista alerta que as linhas de transmissão são estruturas de grande porte, compostas por torres e cabos, cuja finalidade é transportar a eletricidade gerada pelas usinas (hidrelétricas, termelétricas, parques eólicos, entre outras fontes) até as subestações e distribuidores. Esse empreendimento em especial terá 532km de extensão, passando por 23 municípios nos estados de Goiás, Minas Gerais e São Paulo.
Durante a audiência, o geólogo Luiz Carlos Borges Ribeiro (UFTM) alertou que em Uberaba, que foi reconhecida em 2024 como Geoparque Mundial pela Unesco, o cuidado é ainda maior, pois os fósseis encontrados na região revelam vestígios dos maiores dinossauros da América do Sul, com importância científica e educativa inestimável.
Ripposati ainda lembrou que a solicitação de revisão já havia sido enviada por seu gabinete via ofício, com o apoio da Associação Geoparque Uberaba e do próprio Luiz Carlos, que também defende medidas mais eficazes de proteção paleontológica no processo de licenciamento.
O empreendimento é de responsabilidade da TECP Transmissora de Energia Central Paulistana, pertencente à holding Alupar, com consultoria da Ambientare. O processo está em fase inicial de planejamento junto ao Ibama, que conduz o licenciamento ambiental.