Servidores da Codau têm 33% nos salários com a jornada de 8 horas

Com novo plano de carreira aprovado na Câmara Municipal e já publicado no Porta-Voz, os servidores da Codau têm agora prazo de 30 dias para se manifestar sobre a adesão às novas regras de cargos e salários. A informação é do presidente da autarquia, José Waldir de Sousa Filho, que explicou as principais mudanças em entrevista à Rádio JM nesta semana.

De acordo com o dirigente da Codau, o novo plano de carreira altera a jornada diária de trabalho de seis para oito horas. Com isso, haverá um incremento de 33% nos vencimentos para os servidores que aderirem às novas regras. 

José Waldir explicou que o recém-aprovado plano de cargos e salários inclui ainda uma tabela atualizada para a progressão na carreira, bem como novos critérios para a promoção. Segundo ele, o avanço será baseado em análise de desempenho feita pela chefia imediata do servidor e, também, por uma comissão de recursos humanos.

O presidente da Codau ressaltou que os servidores poderão optar por continuar no regime de 6 horas, bastando para isso que se manifestem contrariamente à adesão ao novo plano dentro do prazo de 30 dias. Neste caso, ele salientou que não haverá o aumento de 33% e nem direito aos benefícios de progressão e promoção de carreira do novo plano. 

De acordo com o dirigente da autarquia, a mudança na carga horária prevista no novo plano de carreira é para adequação às demandas de trabalho da empresa. Ele salientou que no regime antigo de seis horas não estava sendo possível executar o serviço e as despesas com horas extras eram elevadas. “Tínhamos, em média, 26 mil horas extras por mês”, salientou.

Questionado, José Waldir ainda salientou que a redução dos gastos com horas extras devido ao novo plano de carreira compensará o impacto orçamentário dos benefícios criados para progressão e, também, a criação de novos cargos da estrutura organizacional da Codau – também aprovada esta semana na Câmara Municipal.

O presidente da Codau manifestou que as horas extras representavam cerca de mais de 700 mil/mês. Já o impacto por ano dos 30 novos cargos criados na estrutura da autarquia será de R$400 mil, se todos os postos forem ocupados. 

Além disso, José Waldir rebateu críticas de que os novos cargos comissionados criados na estrutura da autarquia seriam para atender a interesses políticos. Ele declarou que são técnicos necessários para a prestação de serviços pela empresa e ainda ressaltou que foi mantida a exigência de que os cargos de gerência sejam ocupados por profissionais com formação em nível superior relacionada à área de atuação.