Centro de Logística da Codau, na avenida Nenê Sabino (Foto/Divulgação)
Codau ainda não foi notificada da ação popular e nem da liminar que barra a troca de hidrômetros em Uberaba, mas assegurou que demonstrará à Justiça que os fatos relatados pelo autor da representação não correspondem à realidade.
A ação popular foi movida pelo vereador Marcos Jammal (MDB) e protocolada na sexta-feira (11). Na representação, o parlamentar contesta os aumentos súbitos na conta de água devido à troca dos hidrômetros e alega que o Inmetro informou que a substituição do aparelho de aferição de consumo não é mais obrigatória. O procedimento só seria determinado em caso de constatação de falha no desempenho do aparelho.
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Em resposta, a companhia posicionou ao Jornal da Manhã que a troca dos hidrômetros está embasada em legislação e recomendações de órgãos reguladores, como Agência Reguladora Intermunicipal de Saneamento Básico de Minas Gerais (Arisb) e o próprio Inmetro.
A Codau também argumenta que a modernização do parque hidrométrico faz parte de um conjunto de ações adotadas para evitar desperdícios. “As empresas de saneamento focadas em uma gestão séria e eficiente estão cada vez mais evidenciando a contenção de desperdícios em todos os níveis. A administração da Codau, desde o começo do atual governo, definiu em seu planejamento estratégico um programa de redução de perdas. A troca de redes antigas, os programas de localização de vazamentos não visíveis, modernização dos sistemas de adução, bombeamento e tratamento de água estão recebendo investimentos para alcançar estes resultados. A troca dos hidrômetros antigos, que estão parados ou que já não registram com precisão o consumo de água, também está dentro deste planejamento”, continua o texto.
Ainda conforme a companhia, a substituição dos equipamentos de medição que já atingiram o tempo de vida útil é focada em dar mais eficiência à micromedição, o que resulta em maior estímulo à racionalização do consumo pelos usuários.
A nota ainda ressaltou que a eficiência da medição é preconizada pela Agência Reguladora e incentiva o consumo racional de água. “Tanto a Arisb quanto a Codau esclarecem que o volume de água consumido e não registrado corretamente tem por consequência o uso excessivo, sem controle por parte dos moradores. Situação que também promove desigualdade social para o usuário do sistema, ocasionada pela assimetria da cobrança em comparação com o volume real de consumo”, encerra o texto.