Homem de 35 anos foi preso, por suspeita de abusar sexualmente da própria filha, de 5 anos, e agredi-la. O caso veio à tona após a menina dar entrada no Hospital da Criança e a mãe e avó dizerem que ela havia sido agredida na escola. Foi constatado que a menina apresentava hematoma no rosto, do lado direito, com sinais típicos de dedos de mão; duas lesões no baixo ventre e nas genitais. Ela foi levada para o Hospital de Clínicas da UFTM para atendimento especializado. O acusado foi levado para a Polícia Civil.
De acordo com o que apurou o Jornal da Manhã, na noite de quinta-feira (11), a Polícia Militar foi acionada no Hospital da Criança para atendimento de ocorrência de lesão corporal.
No local, os militares foram abordados pela avó da menina, uma aposentada, de 71 anos. Ela disse que sua neta havia sido agredida fisicamente na escola e apresentava um hematoma no rosto, com o formato de uma mão, e umas queimaduras na região do abdome.
Um dos militares entrou no quarto onde a criança estava sendo atendida. Ela estava muito assustada, queixava-se de dor no ombro, na barriga e na cabeça. A garotinha contou que o namorado da mãe (o pai dela) foi quem machucou seu rosto e a barriga.
Disse também que ele bateu nela com a mão fechada (soco) e que o fato se deu em casa, sendo que a mãe estava na residência, porém, ela não a agrediu e, também, não fez nada para impedir as agressões.
A pequena também contou que as marcas de queimadura na região superior da vagina foram feitas pelo pai (que ela se refere como namorado da mãe), que a queimou com cigarro. Ela informou, ainda, que o pai teria beijado a vagina dela.
Após exame médico, foi constatado que a menina estava com um hematoma no rosto, do lado direito, com sinais típicos de dedos de mão; duas lesões no baixo ventre e nas genitais e o hímen mal visualizado. Mediante tais fatos, a criança foi levada pela guarnição policial para o Hospital de Clínicas da UFTM, pois necessitava passar por exames com médico ginecologista, cumprindo assim protocolos humanizados de atendimento.
Durante o deslocamento para o Hospital de Clínicas da UFTM, a avó e a mãe da criança relataram aos militares que o pai é bipolar e que, na noite de segunda para terça-feira, ele perdeu a paciência com a filha e a agrediu.
A mãe não soube relatar como se deram as agressões. Alegou que é portadora de deficiência intelectual e que só se lembra de o autor ter agredido a filha, porém nega categoricamente qualquer tipo de violência sexual.
A avó da criança não soube passar muitas informações, mas ficou evidente que a intenção era responsabilizar a escola para inocentar o verdadeiro culpado. Tanto que, quando a guarnição policial chegou ao Hospital da Criança, ela disse que as agressões ocorreram na escola.
Após deixarem a menina e sua avó no Hospital de Clínicas da UFTM, a guarnição policial foi até a casa da família colher a versão do acusado. No local, ele se prontificou a comparecer na delegacia e apresentar sua versão ao delegado. A mãe da criança também foi levada para a delegacia.
O pai da menina negou as acusações de estupro, mas relatou que, na noite de segunda para terça-feira, perdeu a paciência com sua filha, tendo agredido a mesma, bem como sua companheira.
Foi observado que, mesmo após agredir e causar lesões a ponto de a menina apresentar febre, tanto o pai quanto a mãe não procuraram ajuda médica. A avó foi quem notou o estado da neta e levou a menina para o Hospital da Criança. A mãe só apareceu depois.