CIDADE

Empresários criam cooperativa de autoescolas para reduzir preços

O objetivo é potencializar o uso de veículos e aumentar a mão de obra; iniciativa já tem a adesão de cinco Centros de Formação de Condutores

Luiz Gustavo Rezende
Publicado em 29/01/2019 às 21:41Atualizado em 17/12/2022 às 17:42
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Jairo Chagas

Carros com a logomarca da cooperativa já circulam pelas ruas da cidade e a meta é atrair mais autoescolas para aumentar a organização

Empresários de Uberaba estão implantando sistema cooperativo para aulas práticas no processo de formação de condutores. O novo modelo começa com cinco Centros de Formação de Condutores (CFCs) e ministrará aulas para todas as categorias: A, B, D e E. Carros com logomarcas da cooperativa já circulam pela cidade. 

Diferentemente do Centro Avançado de Legislação, que aplica o conteúdo teórico, conhecido como “centrão”, que utilizou uma empresa com Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) específico para formação de condutores, já existente, o modelo tem outro formato, com novo CNPJ, em sistema de cooperativa, em que os veículos são compartilhados entre os CFCs.

Empresário envolvido na implantação da proposta, Paulo Alexandre, diz que o novo modelo pretende potencializar o uso do veículo, diminuindo a quantidade de automóveis e aumentando o número de instrutores contratados. “Nós queremos diminuir a quantidade de carros. Para cada veículo vamos utilizar dois instrutores. Um vai começar cedo e trabalhar até as 13h e o outro vai até as 20h”, explica. Ele afirma que a expectativa é de que a medida ajude a baixar o preço das aulas.

O sistema nasce com cinco unidades de CFCs filiados e a expectativa dos organizadores é de que, com o formato definido, outras empresas possam aderir e fazer o projeto crescer. Perguntado se a baixa adesão de empresários na implantação do novo modelo preocupa, ele minimiza. “Até para a gente ter um teste, é melhor fazer com menos pessoas”, esclarece, ressaltando que o número elevado de associados no início pode gerar mais dor de cabeça que resultados.

Instrutor consultado pela reportagem afirmou que está apreensivo, pois acredita que pode haver demissão. “A gente fica meio receoso porque sempre que vem uma coisa nova, assim, eles tentam diminuir a mão de obra também. Temos que esperar para ver”, expõe. Ele revela que o CFC em que trabalha não está incluído ainda, mas mesmo assim acompanha de perto o novo sistema.

Paulo Alexandre revela, porém, que o motivo principal é baixar o preço e, com isso, conseguir atrair mais pessoas às empresas. “A ideia nossa é conseguir melhorar o preço para trazer mais gente para tirar habilitação, porque, hoje, todo mundo reclama do preço”, finaliza. 

A previsão inicial é de que a cooperativa inicie as atividades com oito motocicletas para alunos da categoria “A”, dez carros para atender a categoria “B”, dois ônibus para a categoria D e dois veículos articulados para condutores da categoria E. Nenhuma empresa do ramo ministra aulas para alunos da categoria C.

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