A Polícia Federal (PF) anunciou a abertura de um chamamento público destinado a empresas do setor automotivo com o objetivo de renovar parte de sua frota por meio de empréstimo de veículos em regime de comodato. O edital, publicado recentemente, convida locadoras, montadoras e demais empresas interessadas a disponibilizarem automóveis ao órgão federal por um período inicial de um ano, com possibilidade de prorrogação por até dez anos.
Segundo a PF, os veículos serão utilizados para o transporte de autoridades nacionais e estrangeiras, incluindo o presidente e o vice-presidente da República, ministros de Estado, membros do Supremo Tribunal Federal (STF), além de outras figuras institucionais. As propostas poderão ser enviadas entre os dias 2 e 16 de junho.
O edital prevê critérios específicos para os veículos, como modelos, cores e tipos de motorização – sendo aceitos automóveis a combustão, híbridos ou elétricos. De acordo com o texto, a iniciativa busca não apenas modernizar a frota utilizada pela PF, mas também diversificá-la e promover a adoção de práticas sustentáveis nas forças de segurança. A inclusão de veículos elétricos, por exemplo, é vista como uma estratégia para reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE) e os impactos ambientais causados pela frota convencional.
Durante a vigência do contrato, caberá ao governo federal arcar com todos os custos operacionais dos veículos, como manutenção, seguro, impostos e taxas. Ao final do prazo, os automóveis deverão ser devolvidos às empresas em condições equivalentes às de entrega. O acordo também permite que qualquer das partes encerre o contrato, mediante aviso prévio de 60 dias.
A Polícia Federal justificou a medida como uma solução prática diante das limitações da atual frota, que, segundo o órgão, não atende de forma eficaz todas as regiões do país. Ainda segundo a PF, o comodato representa uma alternativa mais econômica e ágil em comparação a outras opções avaliadas.
Entre as possibilidades descartadas, está a aquisição direta de veículos blindados, cujo investimento ultrapassaria R$ 1,5 milhão para apenas cinco unidades — número considerado insuficiente para a demanda. O aluguel de veículos também foi analisado, mas o alto custo diário, estimado em R$ 2 mil por carro blindado, tornou a proposta inviável.