EUA

Mãe mata filho de 6 anos em ritual de exorcismo e alega ter seguido ‘ordens divinas’

Corpo da criança foi encontrado envolto em um pano na residência da família durante uma verificação da polícia

O Tempo
Publicado em 04/06/2025 às 15:08
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Ra'myl Pierre tinha 6 anos (Foto/Reprodução/Facebook)

Ra'myl Pierre tinha 6 anos (Foto/Reprodução/Facebook)

Uma mulher foi presa acusada de homicídio em segundo grau pela morte do filho de 6 anos. A prisão ocorreu no último dia 30 de maio, depois que policiais encontraram o corpo da criança envolto em um pano na residência da família durante uma verificação de bem-estar. 

Rhonda Paulynice, de 31 anos, confessou ter sufocado o filho, Ra'myl Pierre, alegando que seguia ordens divinas para "exorcizar" demônios do corpo da criança. Segundo reportagem do The Sun, o corpo foi descoberto após o menino ficar ausente da escola por duas semanas. O caso aconteceu em Fort Pierce, Flórida, nos Estados Unidos.

Policiais do Condado de St. Lucie realizaram a verificação a pedido de um policial escolar preocupado com a ausência prolongada do estudante. Ao chegarem à casa, foram recebidos por Paulynice, que os conduziu até o quarto onde encontraram o corpo com apenas o rosto visível.

Segundo o relatório policial, a mãe confessou ter colocado a mão sobre a boca do filho enquanto ele se debatia na cama. Ela alegou não estar no controle de seu "recipiente" - termo usado para se referir ao próprio corpo.

"Paulynice afirmou que era mantida acordada à noite por sonhos de Deus/Pai detalhando eventos que iriam ocorrer", menciona o documento. A mulher disse ter percebido mudanças no comportamento do filho "e acreditava que ele estava sendo controlado por um 'espírito' e por um 'inimigo'".

Os investigadores determinaram que Ra'myl morreu em 18 de maio de 2025, mas seu corpo só foi descoberto 12 dias depois. O menino estava ausente da escola desde 14 de maio.

"Ao falar com a mãe, ela acreditava que estava sendo instruída por Deus a basicamente exorcizar demônios do corpo da criança", declarou o xerife do Condado de St. Lucie, Richard Del Toro. "Quando a criança parou de se mover e basicamente faleceu, naquele momento, ela sentiu que a criança havia sido libertada desses demônios e estava esperando que ele basicamente voltasse naquele momento."

Após a morte, Paulynice moveu o corpo para outra cama e o cobriu com seu cobertor favorito. Ela relatou aos policiais que verificava diariamente o filho morto e soprava ar quente em seu rosto, buscando sinais de vida.

O relatório policial indica que Paulynice "reconheceu que sabia que ele havia morrido, e ela o libertou de um espírito que ele tinha nele". A mãe "fez referências a 'reiniciar sua vida' e afirmou que foi colocada em uma posição onde teve que 'tirar a vida de seu filho'".

Os investigadores observaram que ela parecia "indiferente à morte de seu filho, ao papel que desempenhou em sua morte ou às suas ações de não relatar sua morte." Imagens de câmeras corporais mostraram Paulynice aplicando brilho labial enquanto respondia às perguntas sobre a ausência do filho na escola.

No vídeo, ela disse: "Ele vai voltar para a escola. Vou ligar para eles. Eu nem percebi isso. Vou ligar para o professor dele."

A fiança foi fixada em US$150 mil (aproximadamente R$846 mil). As autoridades aguardam os resultados dos exames toxicológicos para complementar a investigação, que continua em andamento.

O distrito escolar do Condado de St. Lucie anunciou que oferecerá aconselhamento e serviços de apoio emocional para estudantes e funcionários afetados pela tragédia.

"Nossos corações estão com a família e amigos de Ra'Myl Pierre durante este momento incrivelmente difícil", afirmou o xerife Del Toro. "Permanecemos comprometidos em descobrir toda a verdade sobre o que aconteceu."

Fonte: O Tempo

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