Herdeiro da Marabraz, noivo de Marina Ruy Barbosa, move ação judicial para interditar o pai

Abdul Fares, herdeiro da Marabraz e noivo da atriz Marina Ruy Barbosa, está no centro de uma disputa familiar que envolve acusações de manipulação judicial e possíveis crimes. O empresário de 40 anos entrou com uma ação judicial para interditar o pai, Jamel Fares, de 64 anos, alegando que o patriarca, cofundador da rede de varejo Marabraz, apresenta sérios problemas de saúde e não possui condições para gerir seus próprios bens.

O processo tramita em segredo de Justiça na comarca de Simões Filho, na Bahia, e foi descoberto por Jamel durante uma busca rotineira realizada pela assessoria jurídica do grupo. Abdul solicita a curatela do pai, com base em diagnósticos médicos que indicam quadros de depressão profunda, cardiopatia grave, dependência química e agressividade.

Surpreso com a ação, Jamel contratou o escritório Warde Advogados para questionar a validade do processo e do foro em Simões Filho, cidade onde nenhum dos dois reside. O patriarca também acusa o filho de falsidade ideológica, destacando o uso de documentos falsificados para manipular a jurisdição. Jamel afirmou ainda que Abdul age de forma fraudulenta para afastá-lo da administração dos bens da família.

A disputa entre pai e filho é parte de uma batalha judicial mais ampla que envolve a gestão da holding familiar, LP Administradora, responsável pelo império da Marabraz, que conta com 120 lojas de móveis. Além disso, Jamel e seus irmãos Nasser e Adiel Fares iniciaram um processo cível na Justiça de São Paulo para reaver ações da holding que estão sob controle dos herdeiros.

Entre as acusações, destaca-se a alegação de que Abdul teria desviado grandes somas de dinheiro, usando recursos da família para financiar seu estilo de vida luxuoso, que inclui viagens em jatinhos particulares e compras extravagantes, como diamantes para presentear Marina Ruy Barbosa. De acordo com a defesa de Jamel, Abdul gastou cerca de R$ 22,5 milhões com essas despesas pessoais nos últimos dois anos.

Abdul, por sua vez, é descrito como um dos herdeiros mais dissidentes da família, sendo acusado de levar um estilo de vida "digno de um potentado árabe". O empresário também enfrenta críticas por sua atuação nos negócios da família, especialmente após o fracasso do Blue Group, criado por ele e seu primo Nader para administrar o e-commerce da Marabraz. O prejuízo gerado pela iniciativa levou Nasser a reassumir a área de vendas online.

O conflito familiar se intensificou com o fato de Abdul, que reside em Alphaville, ter indicado um endereço em Salvador para a interdição, o que levantou suspeitas sobre a tentativa de manipular a jurisdição do caso. A defesa de Jamel questiona a legalidade da ação e pede que o processo seja transferido para Barueri, onde pai e filho têm residência.

A disputa jurídica por trás dessa ação de interdição está diretamente ligada ao controle da LP Administradora, uma holding bilionária que gerencia a fortuna da família Fares, estimada em mais de R$ 1 bilhão. Caso a ação de interdição seja bem-sucedida, Abdul poderia perder o controle sobre as ações da holding e ver seu futuro financeiro comprometido.

No âmbito pessoal, Abdul Fares tem mantido uma postura discreta nas redes sociais, onde se apresenta como cofundador da Blue Group e sócio da LP Real Estate. Em contraste com a ostentação associada ao seu estilo de vida, as redes sociais do empresário são pontuadas por postagens motivacionais. Sua noiva, Marina Ruy Barbosa, tem dado poucos detalhes sobre o relacionamento, que foi oficialmente anunciado em agosto de 2023, com o noivado ocorrido em outubro no luxuoso cenário de Dubai.

A disputa entre Abdul e seu pai, Jamel Fares, é mais um capítulo complexo da história da família, que inclui um império no setor de móveis e uma holding bilionária com potencial para movimentar milhões de reais, além de revelar tensões familiares profundas que parecem estar longe de ser resolvidas.