(Foto/Reprodução)
No mês de julho, a campanha Julho Dourado Pet destaca a conscientização sobre a vacinação de animais domésticos e a prevenção de zoonoses, doenças que podem ser transmitidas dos animais para os seres humanos. A iniciativa ressalta o papel fundamental dos cuidados preventivos para garantir a saúde dos pets e proteger toda a comunidade.
A médica-veterinária Aline Maria de Matos, preceptora do Hospital Veterinário da Uniube (HVU), explica que a vacinação regular de cães e gatos é uma estratégia essencial de saúde pública. “A imunização em massa, especialmente contra a raiva, reduz drasticamente os casos da doença, que é fatal para humanos e animais. Essa medida é reconhecida pela Organização Mundial da Saúde como fundamental para o controle e erradicação da raiva”, afirma.
Entre as principais doenças preveníveis nos cães estão raiva, cinomose, parvovirose, hepatite infecciosa, leptospirose e tosse dos canis. Já os gatos são protegidos contra raiva, panleucopenia, rinotraqueíte viral, calicivirose, clamidiose e leucemia viral felina (FeLV). Muitas dessas enfermidades apresentam alta mortalidade e contagiosidade.
Vacinar os animais funciona como uma barreira sanitária, impedindo que eles se tornem vetores de zoonoses. “Além da raiva, a vacinação ajuda a controlar a leptospirose, transmitida por urina de cães infectados, prevenindo surtos na população humana”, destaca Aline.
No entanto, a vacinação deve ser parte de um conjunto de cuidados que inclui vermifugação, controle de parasitas, exames clínicos regulares, boa alimentação, higiene e manejo adequado do ambiente.
O calendário vacinal recomendado pelos conselhos veterinários começa com filhotes entre 6 e 8 semanas, com reforços até 16 semanas e vacinação anual para adultos. A vacinação contra a raiva é obrigatória por lei e oferecida gratuitamente em campanhas públicas.
A médica-veterinária alerta que dificuldades no acesso à vacinação, especialmente em áreas rurais, estão ligadas à falta de informação, custos e ausência de políticas públicas. “Não vacinar coloca em risco a vida dos pets, da família e da comunidade, além de perpetuar ciclos infecciosos que poderiam ser evitados”, conclui.
*Com informações de Universidade do Agro