Aposentados formam extensa fila em frente à agência central dos Correios em Uberaba

Logo nas primeiras horas da manhã desta segunda-feira (2), uma fila com cerca de 30 idosos já se formava em frente à agência dos Correios, no Centro de Uberaba. A equipe do Jornal da Manhã esteve no local e constatou que os aposentados aguardavam atendimento para verificar se foram vítimas de descontos indevidos em seus benefícios do INSS e buscar orientações sobre como contestar os valores e solicitar reembolso. 

O atendimento faz parte da nova medida anunciada pelo Instituto Nacional do Seguro Social, que passou a oferecer, desde sexta-feira (30), o serviço presencial nas agências dos Correios para aposentados e pensionistas afetados por fraudes nos chamados descontos associativos. 

Antes mesmo das 9h, dezenas de idosos já se posicionavam em fila do lado de fora, esperando a abertura da agência central de Uberaba, uma das que está relacionada na prestação do serviço. A maioria buscava entender se teria direito à devolução dos valores descontados indevidamente. Além da agência central, a agência no Shopping Uberaba também realiza os atendimentos na cidade.  

Entretanto, a orientação continua sendo para os segurados consultarem regularmente seus extratos de crédito por meio dos canais digitais, como o portal ou aplicativo “Meu INSS”, e buscar reparação judicial sempre que identificarem cobranças suspeitas. Também é possível receber atendimento pela Central 135. O atendimento presencial é destinado, prioritariamente, a quem enfrenta dificuldades com tecnologia ou acesso remoto. 

O caso ganhou relevância em Uberaba após a Fundação Procon multar em R$ 32 mil a Associação Brasileira dos Aposentados e Pensionistas da Previdência Social (APDAP), por realizar descontos não autorizados nos contracheques de beneficiários, somente em 2025. A associação não apresentou defesa nos processos administrativos. 

De acordo com o Procon, os consumidores relataram nunca ter firmado contrato com a entidade, tampouco conhecê-la. Muitos sequer compreendiam a origem dos descontos. O órgão classificou a prática como abusiva e ilegal, destacando que ela fere o Código de Defesa do Consumidor, sobretudo por atingir um público vulnerável. 

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