Rhana foi acolhida inicialmente pelo convênio público para uma cirurgia, mas seu quadro se agravou e, ao precisar de novo atendimento, houve negativa por parte da Superintendência de Bem-Estar Animal
Rhana passou por uma traqueostomia e precia de cuidados agora (Foto/Reprodução)
Uma denúncia recebida pelo Jornal da Manhã nesta terça-feira (3) trouxe novamente à tona a dificuldade enfrentada por protetoras de animais para garantir vagas de internação custeadas pela Prefeitura de Uberaba. O caso envolve a cadelinha Rhana, que passou recentemente por uma traqueostomia no Hospital Veterinário da Uniube (HVU) e voltou a apresentar complicações, com indicação de cirurgia de urgência. Apesar de já estar inserida no programa municipal de atendimento, a internação não foi autorizada de imediato pela Superintendência de Bem-Estar Animal, o que gerou críticas quanto aos critérios adotados para definição de prioridades da pasta.
Segundo relato de uma das protetoras envolvidas, Rhana foi operada por meio do convênio público após diagnóstico de paralisia de laringe, condição que compromete sua respiração. Após o procedimento, recebeu alta no sábado (1º), mas retornou ao hospital no dia seguinte com agravamento do quadro. A internação, no entanto, precisou ser custeada pela atual tutora, já que, de acordo com a denunciante, a Superintendência alegou falta de vagas.
“Ela já é paciente do convênio público. Está em risco, não respira sozinha, precisa de cirurgia urgente, e a vaga não foi liberada. Mas como que não há mais vagas, se ela acabou de sair de uma cirurgia há apenas dois dias? Então, eles têm que trabalhar com leitos reserva, porque Rhana é uma paciente de alto risco. A superintendente disse que há uma lista de prioridades, mas não explicou quais são os critérios”, afirmou a protetora.
O Hospital Veterinário confirmou que a cadela deu entrada na unidade, foi submetida à traqueostomia e, após estabilização, teve alta. Com o agravamento do quadro no domingo (2), o caso foi imediatamente comunicado à Superintendência, responsável pela liberação das vagas por meio do convênio. Em nota, o Hospital destacou que “todos os casos emergenciais são repassados à Superintendência para análise e definição sobre o acolhimento, de acordo com os critérios do convênio”. Além disso, a instituição de saúde ressaltou que, mesmo sem retorno imediato do órgão municipal, os primeiros atendimentos são feitos para evitar que o animal fique desassistido.
Procurada pela reportagem, a Superintendência de Bem-Estar Animal informou, de forma preliminar, que Rhana está sendo assistida, e que uma junta médica veterinária deverá se reunir na tarde desta terça-feira para avaliar o quadro da cadelinha e definir, junto à pasta, os próximos passos do tratamento.
Atualmente, o animal está internado no HVU, em estado de saúde considerado delicado. O Jornal da Manhã segue acompanhando o caso e aguarda esclarecimentos mais detalhados por parte da administração municipal sobre a situação.