Confiança... harmonia ... desconfiança...violência... A violência também nasce da crença de que o outro nos causa sofrimento e, então, deve ser punido
Confiança... harmonia ... desconfiança...violência...
A violência também nasce da crença de que o outro nos causa sofrimento e, então, deve ser punido.
Atualmente já é proclamada a comunicação não violenta onde se destaca a importância da empatia no diálogo e o fato de falar sem violência verbal.
Qual é o objetivo desta forma de comunicação? É o estabelecimento de vínculos mais profundos com as outras pessoas.
A comunicação não violenta procura obter um relacionamento baseado na sinceridade e empatia – que ocorre somente quando conseguimos nos livrar dos julgamentos e das ideias preconcebidas.
Neste contexto, despertamos nos outros a confiança de que nosso compromisso maior é com a qualidade do relacionamento e que esperamos que esse processo satisfaça às necessidades de todos. Assim, os outros podem confiar que nossas solicitações são pedidos e não exigências.
O preço que pagamos é bem caro, quando as pessoas atendem nossos desejos, não por boa vontade, mas por medo, culpa ou vergonha.
Sofreremos as consequências por submeter alguém a nossos valores, a qualquer momento.
Na comunicação, quem é vítima de coerção, também paga um preço emocional, como ressentimento ou sensação de autoestima ferida. E, quando os outros nos associam a emoções desagradáveis, é reduzida a probabilidade de que venham a reagir compassivamente às nossas necessidades e valores no futuro.
Com o amadurecimento da comunicação, encontramos a libertação emocional responsável – respeito às próprias necessidades e às dos outros por compaixão e não por medo, culpa ou vergonha.
O objetivo maior da comunicação não violenta não é obter o que se quer, e sim, recuperar, estabelecer e aprimorar as conexões humanas.
Sendo um método para convivência pacífica e empática, a comunicação não violenta vem sendo apresentada em escolas – bullying – empresas, centros de recuperação juvenil, penitenciárias e mesmo em regiões de conflito como Sérvia, Croácia, Sri Lanka, Israel, entre outras.
Podemos imaginar o quanto essa consciência poderia nos valer no dia-a-dia, no cotidiano de todos nós.
A forma de comunicação, ou seja, uma linguagem inadequada pode obscurecer a consciência da responsabilidade que uma pessoa assume consigo e com os outros.
A comunicação não violenta considera que cada indivíduo é responsável pelo que faz e pelo próprio estado emocional.
(*) psicóloga clínica