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Violência? Violência não? - 3

Confiança... harmonia ... desconfiança...violência... A violência também nasce da crença de que o outro nos causa sofrimento e, então, deve ser punido

Sandra de Souza Batista Abud
Publicado em 20/05/2010 às 19:35Atualizado em 17/12/2022 às 06:20
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Confiança... harmonia ... desconfiança...violência...

A violência também nasce da crença de que o outro nos causa sofrimento e, então, deve ser punido.

Atualmente já é proclamada a comunicação não violenta onde se destaca a importância da empatia no diálogo e o fato de falar sem violência verbal.

Qual é o objetivo desta forma de comunicação? É o estabelecimento de vínculos mais profundos com as outras pessoas.

A comunicação não violenta procura obter um relacionamento baseado na sinceridade e empatia – que ocorre somente quando conseguimos nos livrar dos julgamentos e das ideias preconcebidas.

Neste contexto, despertamos nos outros a confiança de que nosso compromisso maior é com a qualidade do relacionamento e que esperamos que esse processo satisfaça às necessidades de todos. Assim, os outros podem confiar que nossas solicitações são pedidos e não exigências.

O preço que pagamos é bem caro, quando as pessoas atendem nossos desejos, não por boa vontade, mas por medo, culpa ou vergonha.

Sofreremos as consequências por submeter alguém a nossos valores, a qualquer momento.

Na comunicação, quem é vítima de coerção, também paga um preço emocional, como ressentimento ou sensação de autoestima ferida. E, quando os outros nos associam a emoções desagradáveis, é reduzida a probabilidade de que venham a reagir compassivamente às nossas necessidades e valores no futuro.

Com o amadurecimento da comunicação, encontramos a libertação emocional responsável – respeito às próprias necessidades e às dos outros por compaixão e não por medo, culpa ou vergonha.

O objetivo maior da comunicação não violenta não é obter o que se quer, e sim, recuperar, estabelecer e aprimorar as conexões humanas.

Sendo um método para convivência pacífica e empática, a comunicação não violenta vem sendo apresentada em escolas – bullying – empresas, centros de recuperação juvenil, penitenciárias e mesmo em regiões de conflito como Sérvia, Croácia, Sri Lanka, Israel, entre outras.

Podemos imaginar o quanto essa consciência poderia nos valer no dia-a-dia, no cotidiano de todos nós.

A forma de comunicação, ou seja, uma linguagem inadequada pode obscurecer a consciência da responsabilidade que uma pessoa assume consigo e com os  outros.

A comunicação não violenta considera que cada indivíduo é responsável pelo que faz e pelo próprio estado emocional.

  

(*) psicóloga clínica

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