Existe este ditado em diversas situações da vida do ser humano. No futebol não poderia ser diferente. É antigo e vai permanecer para sempre. Sábado de madrugada saímos de Uberaba a caminho da cidade satélite de Gama, no Distrito Federal. No Estádio Bezerrão, o USC iria iniciar sua participação na segunda-fase do Campeonato Brasileiro. Era o primeiro mata-mata, na tentativa de voltar mais próximo de ocupar um espaço digno no futebol brasileiro. Para isso acontecer o USC precisa subir da Série D para a Série C do Brasileiro. Durante a viagem, na ida tudo é novidade, como a nova Rádio JM, que vem com o princípio de enriquecer ainda mais o esporte da nossa cidade. Isso só foi possível com a vontade dos diretores-proprietários do Jornal da Manhã de fazer da antiga Rádio Difusora, uma bandeira do jornalismo uberabense. Este propósito abrange a cultura, o social, o lazer e o esporte, com profissionais que irão levar informações verdadeiras aos ouvintes da cidade e região. Aqui, rendo minha homenagem ao meu amigo Djalma Tiveron, que por muitos anos dedicou à antiga Difusora seus préstimos. Djalma, não esqueci seu slogan, e conhecendo o Filmiano, sei que ele, como responsável pela área de esporte, levará a “imagem certa através do rádio” aos ouvintes da nova Rádio JM. Bem, chegamos no Estádio Bezerrão. Que beleza! Arquitetura moderna. Uma infraestrutura completa. Vestiários com banheiras térmicas, elevadores, cabines de rádio e televisão, sala de imprensa com auditório, WC com acessibilidade. Enfim, um estádio pronto para subsediar seleções que participarão da Copa do Mundo de 2014. Tudo pronto para o jogo entre USC e Brasília. Mais uma vez as duas torcidas do USC junto com o Zebuzão, o mascote, adentrando o Bezerrão com bandeiras, cornetas. Eram os preparativos para mais uma boa apresentação do seu time, o USC. O juiz , um carioca chamado Gutemberg, deve ter levado um susto. O USC até os 30 minutos do primeiro tempo foi perfeito. Fez 2 a 0. O primeiro gol, do zagueiro Rodrigão Mineiro foi de falta, uma pancada que o goleiro Fernando não deu conta de segurar. O segundo gol foi ainda mais bonito. Jogada trabalhada entre Danilo e Rafael Ipuã, um chute firme deste último. A bola ainda tocou na cabeça do Leandro Bocão e foi para o fundo do gol, sem chance de defesa para o goleiro Fernando, do Brasília. O Brasília deu novamente a saída na bola. Pensei comigo. O USC vai acabar com este mata-mata neste sábado, aqui no Bezerrão. Mas como este esporte chamado futebol tem seus caprichos, imediatamente numa bola enfiada pro Edcarlos (camisa 9 do Brasília), aconteceu o “um minuto de bobeira”, numa jogada que poderia ter sido evitada, o jogador Gustavo cometeu a penalidade máxima. Pênalti convertido. Gol do Brasília. Amigos, eram passados 30 minutos de jogo, e era a melhor apresentação do USC na Série D, o time todo jogava bem e a verdade tem que ser dita e escrita. O Gustavo junto com o Rafael Ipuã faziam até aquele momento uma partida perfeita. Gustavo se sentiu culpado, e começava então o drama do USC. Aos quarenta e cinco minutos do 1º tempo, numa jogada infeliz onde faltou marcação, aconteceu o gol de empate. A jogada ensaiada nos treinamentos exaustivos do USC. Ele foi surpreendido pelo adversário que também fez o mesmo tipo de ensaio e foi mais feliz. Terminava o primeiro tempo com o empate em 2 a 2. Intervalo. O USC voltou para o segundo e quem estava no Bezerrão não entendia nada. O time, a cada minuto que passava, errava mais. Gustavo não reagiu. Foi substituído por Alemão. Ipuã saiu para a entrada de Chico Marcelo e Leandro Bocão deu lugar a Bruno Lopes. Normalmente, nos jogos anteriores, o técnico Érick foi feliz. Quem entrou deu conta do recado. Mas no futebol, cada jogo é uma história diferente. O Rafael Ipuã deve estar pensativo. Por que eu? Eu (Luiz Cecílio) acho que o técnico não foi feliz. Bruno Lopes fazia sua estreia. Jogou pouco tempo. Chico Marcelo veio bem recomendado, mas precisa mostrar futebol. O torcedor está ansioso para que isto venha acontecer esta semana. O USC joga amanhã contra o Ituiutaba. Precisa jogar bem. Precisa ganhar. Acontecendo uma vitória – e o time do Pontal vem sendo uma pedra no sábado do USC – no sábado, contra o Brasília, o time encontrará forças para vencer. O momento agora é de união, vontade e coragem. O torcedor precisa jogar com o time nestes dois jogos, aqui no Uberabão.
