Saúde realiza capacitação para doença falciforme

Profissionais que atendem na rede de atenção à saúde de Uberaba participam de capacitação para o acolhimento e assistência às pessoas com doença falciforme. 

O encontro foi realizado nesta sexta-feira (10) pela Secretaria de Saúde em parceria com o Centro Universitário de Talentos Humanos – UniFACTHUS, Hemocentro de Uberaba, Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial (Compir), Associação Regional dos Falcêmicos de Uberaba (ARFA), Universidade Federal do Triangulo Mineiro (UFTM) e Coordenadoria de Políticas de Igualdade Racial (CPIR). 
A programação incluiu temas como a Política Nacional de Atenção à População Negra, abordado pela presidente do Compir, Maria Abadia Vieira da Cruz, e pelo coordenador do CPIR, Reginaldo da Silva. 
A médica hematologista Pollyana Cristina Bernardes Valize destacou os aspectos conceituais e epidemiológicos da doença falciforme e o trabalho médico realizado no Hemocentro. 
A presidente da ARFA, Maria Conceição Rosa Vilela, destacou a realidade dos pacientes falcêmicos no atendimento à saúde. 
O trabalho da Atenção Primária foi abordado pelo acadêmico de Medicina, Henrique Faleiros, acompanhado da Profa. Alessandra Trovó. A Dra. Heloisa Marcelina da Cunha Palhares contribuiu explicando como acontece o acolhimento no diagnóstico, pelo Município, das pessoas com doença falciforme e/ou traço. 
Houve a exposição de origames advindos de projeto de pesquisa da UFTM para conscientização da doença falciforme nas escolas públicas do Município. 
A doença falciforme é uma alteração genética recessiva e hereditária mais frequente no mundo. No Brasil, o Sudeste e Nordeste são as regiões que registram a maior população afetada pela condição, que altera a forma estrutural das hemácias, obstruindo a circulação periférica e oxigenação das células.
O diagnóstico da doença é confirmado pelo exame realizado na triagem neonatal, teste do pezinho, sendo gratuito no Sistema Único de Saúde (SUS). A gravidade clínica da doença é variável, mas a maioria apresenta as formas crônica e grave. Os sintomas modificam-se de acordo com a idade do paciente e, sobretudo, segundo os cuidados que se tem para preveni-los.