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O indivíduo tem que estar aberto às mudanças. Algumas pessoas não se abrem. Elas não conseguem mudar

Sandra de Souza Batista Abud
Publicado em 05/08/2010 às 19:07Atualizado em 20/12/2022 às 05:02
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O indivíduo tem que estar aberto às mudanças. Algumas pessoas não se abrem. Elas não conseguem mudar. Elas concentram sua atenção no sofrimento.

Ao agir assim, demonstram o medo que têm.

Medo de...?

De um jeito de viver errado?

Medo de seus maus hábitos?

Medo de seu próprio corpo?

Medo de suas reações?

O indivíduo se recusa a encarar seus medos e continua doente.

O indivíduo fica só na superfície das coisas, não se aprofunda nos seus sentimentos e emoções.

Dores de cabeça, indigestão e outras coisas do gênero, estes podem ser resultados de um jeito de viver errado e, muitas vezes, remediáveis.

Quando as pessoas estão doentes, querem ficar boas. Querem a cura de seu mal, simplesmente. Não querem mudar a personalidade. Não querem mudar as atitudes. Não querem mudar seus hábitos. Fumantes com enfisema, que não conseguem parar de fumar, devem ser aqui considerados. Alcoólatras com problemas no fígado, que não conseguem parar de beber, podem ser lembrados neste contexto. Se as pessoas não podem parar com seus hábitos, não conseguem mudar de atitude quando a causa e o efeito são tão óbvios, o que se pode esperar quando os elos causais são mais sutis?

Pessoas com doenças realmente graves muitas vezes estão dispostas a se submeter a tratamentos alternativos. Geralmente, ficam mais satisfeitas se o tratamento for ministrado por outras pessoas – massagem, música suave, imposição de mãos – de modo que sejam meramente participantes passivas. Outros procuram algum tipo de religião. Qualquer uma dessas experiências, ou todas elas, podem ter um efeito benéfico e duradouro se ajudarem o indivíduo a se lançar em direção a um novo modo de vida.

É possível identificar a personalidade que tem predisposição à doença. Podemos dizer ao paciente, com alguma razão, que, se ele conseguir mudar os padrões de comportamento arraigados, é bem possível que a doença desapareça. O problema é que conhecer tais fatos parece ter muito pouco ou nenhum efeito sobre quem não está aberto a mudanças.

Na verdade, as pessoas não mudam só porque alguém disse que devem mudar. Mesmo que concordem, na maioria das vezes são totalmente incapazes de realizar uma mudança genuína de atitude e de comportamento.

A mudança necessária implica transformação.

(*) psicóloga Clínica

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