Levei nove meses para nascer e levaste nove meses para tornares minha mãe. Sem os recursos
“Levei nove meses para nascer e levaste nove meses para tornares minha mãe.
Sem os recursos médicos e hospitalares de hoje, deste-me à luz com dificuldades, tu te sentias cansada, mas feliz e realizada.
Eras minha mãe e nunca mais deixaste de ser minha mãe.
Desde muito cedo senti tua presença quando senti perto de mim teu coração a bater e sabia que nenhum outro coração poderia bater daquele jeito.
Passei logo a conhecer aquele ritmo, o ritmo do amor, o ritmo da preocupação, o ritmo da generosidade e da abnegação.
Desde cedo conheci teu carinho, carinho igual ninguém mais poderia dar, carinho que não se paga e não se mede, carinho que me fazia crescer feliz.
Desde cedo, mãe, conheci teu sorriso, porque ninguém sorria igual a ti.
Quando tu me olhavas desde cedo conheci aquele olhar porque nunca ninguém olhou para mim com tanta bondade, com tanto carinho e tanto amor.
Depois fui crescendo, ensinaste-me a andar e a falar, ensinaste-me a rezar e a amar.
Mãe, muitas vezes te vi preocupada, mas nunca por ti mesma, sempre por mim.
Muitas vezes te vi chorando, mas nunca por ti, sempre por mim.
Fui crescendo e caminhando pela estrada da vida, levando no coração a imagem sempre viva daquela que encarnou para mim o amor e a generosidade, o espírito de fé e de coragem, o espírito de fidelidade e doação.
Amaste sempre e o amor não envelhece, não cria rugas nem se dobra diante da dor.
Coração de mãe é sempre jovem, é sempre sorriso, eterno abraço.
Mãe, perdoa se te ofendi, perdoa minhas palavras ríspidas, perdoa minhas respostas malcriadas, perdoa o trabalho que te dei. Mãe, eu te amo, sempre de amei. Brevemente estarei contigo junto do Pai.”