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Por que falar de paz?

Já se foi mais um Natal. Muita alegria. Muita festa. Foi o aniversário de uma Criança muito importante. Importante e amada. Até as novelas celebraram o dia falando em perdão

Padre Prata
thprata@terra.com.br
Publicado em 03/08/2018 às 10:18Atualizado em 20/12/2022 às 15:02
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Já se foi mais um Natal. Muita alegria. Muita festa. Foi o aniversário de uma Criança muito importante. Importante e amada. Até as novelas celebraram o dia falando em perdão, em amor, em aceitação, em reconciliação, em paz.

Foi sobre paz que escrevi a crônica de sábado passado. Muitas pessoas, por telefone, pessoalmente ou por e-mail, me agradeceram. Algumas pediram-me que voltasse ao assunto de vez em quando.

A verdade é que estamos todos nós correndo atrás dessa harmonia interior, desse estado de equilíbrio que dá sentido às nossas vidas. Paz que não está na linha do “ter” ou do “poder”. Está na linha do “ser”. Quem tem paz não se fecha dentro de si ruminando dúvidas e incertezas. Quando adquirimos aquela certeza de que somos irmãos daquela Criança, filhos amados do mesmo Pai. Quando percebemos que todos aqueles que estão ao redor de nós, nossos amigos ou nossos desafetos, são também filhos de Deus. Quando, deslumbrados, descobrimos o sentido da Natureza que, por amor, nos foi entregue, só então começamos a compreender que vale a pena viver. Percebemos que há um sentido em todas as coisas e em todos os acontecimentos. Por isso é que o apóstolo Paulo dizia: “Tudo é graça”. Ou, como escreveu o Dalai Lama, “nós nos tornamos iluminados”.

Vivemos nos queixando de que sempre nos falta alguma coisa. Não sabemos de que se trata. Nosso coração é irrequieto. Curtimos uma avassaladora necessidade de amar e ser amados. Tememos o isolamento. É terrível a sensação de não sermos amados. O medo da morte nos esmaga. O fim de tudo... Então sofremos. Somos cada vez mais infelizes. Corremos atrás dos analistas. Somos obrigados a mergulhar nas águas escuras de nosso inconsciente, numa ânsia para encontrar-nos a nós mesmos. Para descobrir a gênese de nossos sofrimentos. De nossas angústias. De nossas insônias. De nosso cansaço. Do impalpável que nos corrói por dentro. Vem, então, em nosso socorro o velho e sábio bispo de Hipona, Agostinh “Meu coração está irrequieto até que descanse em Ti, Senhor”.

Então, de nós se aproxima Teresa de Ávila para nos ensinar como viver em paz: “Nada te perturbe. Nada te assuste. Tudo passa. Só Deus não muda. A paciência tudo alcança. Quem tem Deus, nada lhe falta. Só Deus basta”.

Para você, amado leitor, um novo ano repleto de Paz.

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