Casas no Alfredo Freire IV (Foto/Reprodução)
Prefeitura estaria disposta a aportar recursos próprios para concluir obra do Alfredo Freire 4 e entregar casas às famílias contempladas. A afirmação é do presidente da Cohagra (Companhia Habitacional do Vale do Rio Grande), Gledston Moreli, que concedeu entrevista à Rádio JM ontem e falou sobre o impasse para a retomada da construção.
Moreli salientou que a responsabilidade pela finalização da obra é da Caixa Econômica e do governo federal, mas o município tem interesse em sanar o imbróglio e entregar as casas do Alfredo Freire 4. Ainda assim, o presidente da Cohagra ressaltou que o aporte de recursos próprios dependerá de avaliar a disponibilidade financeira do caixa municipal.
Por enquanto, ainda não há uma estimativa do montante que seria necessário para retomar e concluir a obra do Alfredo Freire 4. A construção está parada há três anos. Por ordem judicial, foi determinada a realização de um estudo técnico para apurar sobre a viabilidade de concluir o conjunto habitacional.
Segundo o presidente da Cohagra, já houve a contratação pela Caixa Econômica Federal de uma empresa para realizar o estudo de viabilidade. Ele salientou que o Município fará uma limpeza do mato alto que tomou conta do antigo canteiro de obras para que o levantamento seja iniciado nos próximos dias.
Em paralelo, Moreli afirmou que as tratativas com a Caixa Econômica continuam desde que assumiu a Cohagra em abril. Segundo ele, duas reuniões já foram realizadas com os representantes da instituição e foi demonstrado empenho para resolver a situação. Porém, como o caso desaguou na Justiça, existem trâmites que precisam ser obedecidos e prazos.
As famílias contempladas no Alfredo Freire 4 aguardam desde o fim de 2017 a entrega das 544 unidades do loteamento. Até a lista de beneficiados já foi divulgada. Entretanto, as obras foram paralisadas inicialmente devido a dificuldades financeiras da construtora Elglobal, de Uberlândia, que desistiu do contrato. Assim, foi necessária a contratação de substituta para finalizar o empreendimento, que também deixou o canteiro de obras em 2020.
Diante da indefinição, uma ação civil pública foi movida pelo Ministério Público no ano passado para obrigar a Caixa e o Fundo de Arrendamento Residencial (FAR) a apresentar uma solução para o Alfredo Freire 4.
No procedimento, a Promotoria requer providência seja para retomada das obras e a devida conclusão ou para demolição do que já foi construído, com a completa recuperação da área e destinação ambientalmente adequada dos resíduos. O estudo técnico deverá mostrar os custos e indicar o caminho a ser seguido.