SAFRA

Lula diz que Brasil pode ter que importar arroz e feijão por causa das chuvas no RS

O Estado gaúcho é o maior produtor de arroz do Brasil; em meio à tragédia, vários municípios registram dificuldades na colheita das safras

O Tempo
Publicado em 07/05/2024 às 16:26Atualizado em 07/05/2024 às 17:18
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta terça-feira (7), que o governo federal pode ter que importar arroz e feijão por causa do atraso da colheita da safra no Rio Grande do Sul. Desde a última semana, o Estado tem sofrido com fortes temporais que assolam mais da metade das cidades gaúchas.

Segundo o petista, a medida pode ser necessária para equilibrar a produção do agronegócio e conter o aumento dos preços dos alimentos. A declaração foi feita durante o programa “Bom dia, presidente” da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

“Agora, com a chuva, acho que atrasamos de vez a colheita no Rio Grande do Sul. Portanto, se for o caso, para equilibrar a produção, a gente vai ter que importar arroz, a gente vai ter que importar feijão, para colocar na mesa do povo brasileiro um preço compatível com aquilo que ele ganha”, afirmou.

O Rio Grande do Sul responde por 68% da produção de arroz no Brasil e, além disso, o Estado é o segundo maior produtor de soja do país. O petista disse que, antes mesmo das cheias no Estado, ele chegou a conversar sobre a inflação dos alimentos com os ministros do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, e da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.  

“Fiz uma reunião com o ministro Paulo Teixeira e com o ministro Fávaro sobre a questão do preço do arroz e do feijão, porque estavam um caro, e eu disse que não era possível a gente continuar com o preço caro. Me alegaram que a área plantada estava diminuindo e que tinha o problema do atraso da colheita no Rio Grande do Sul, agora com a chuva, eu acho que nós atrasamos de vez a colheita”, comentou. 
 
Em março, Lula teve reunião com os auxiliares para tratar da alta dos preços dos alimentos aos consumidores no fim de 2023 e início deste ano. Entre novembro e janeiro, o grupo de alimentação e de bebidas foi o que mais pesou no cálculo da inflação no bolso dos brasileiros. As questões climáticas, como as altas temperaturas e o maior volume de chuvas em diferentes regiões do país influenciaram a produção dos alimentos e, consequentemente, os preços.

Situação no Rio Grande do Sul

Ao todo, 388 dos 497 municípios gaúchos registraram algum problema em decorrência do temporal, que inundou regiões inteiras, destruiu pontes, barragens e alagou escolas, hospitais e milhares de casas. Cerca de 1,3 milhão pessoas foram afetadas.

Segundo balanço da Defesa Civil do Estado desta terça-feira (7) subiu para 90 o número de mortos. Já são 132 pessoas desaparecidas e 361 feridas. Cerca de 203,8 mil pessoas estão fora de suas casas, sendo que 48,1 mil estão em abrigos e 155,7 mil estão desalojadas.

No fim de semana, o governo federal reconheceu o estado de calamidade pública em 336 cidades gaúchas. Na prática, esse reconhecimento d abre caminho para que as prefeituras consigam de forma mais célere os repasses de verbas federais. Além disso, possibilita uma menor burocracia administrativa para realizar compras e contratar serviços.

Fonte: O Tempo

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