Denúncia diz que Hospital de Clínicas perdeu mais de R$ 200 mil em repasses
Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (HC-UFTM) teria perdido mais de R$200 mil em repasses do SUS por não conseguir fechar contas de procedimentos de alta complexidade, conforme denúncia encaminhada ao Jornal da Manhã. A instituição nega a perda de recurso e admite inconsistência no Sistema de Informação Hospitalar Descentralizado.
Segundo o relato, circula entre funcionários que a situação seria uma “tragédia anunciada”, agravada por nomeações para cargos técnicos, feitas com base em critérios considerados obscuros. Ainda segundo a denúncia, o episódio expõe falhas na gestão que contrariam o propósito da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), responsável por profissionalizar os hospitais universitários federais.
Procurado pela reportagem, o HC-UFTM negou a perda do recurso e afirmou que houve inconsistência no Sistema de Informação Hospitalar Descentralizado (SIHD), utilizado pela Secretaria Municipal de Saúde. A direção do hospital informou que está tratando a situação como prioridade, com o apoio da sede da Ebserh, para garantir que o recurso seja efetivamente repassado.
A instituição também reforçou que os processos de nomeação para cargos de gestão seguem os critérios estabelecidos na Norma Operacional Nº 2/2022 da Ebserh, que define o perfil técnico exigido e os procedimentos administrativos. O hospital ressaltou ainda que preza pela transparência e condução adequada dos processos internos.
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) afirmou que o hospital está cumprindo as obrigações previstas no contrato firmado com o município. A pasta destacou que o acompanhamento da execução dos serviços é feito de forma contínua pela Comissão de Acompanhamento da Contratualização (CAC) e por fiscais responsáveis.
Segundo a secretaria, o convênio prevê que o HC-UFTM registre e apresente, mensalmente, as ações e serviços prestados, conforme as regras contratuais. Esses dados são enviados por meio dos sistemas oficiais do Ministério da Saúde e servem de base para o repasse dos recursos financeiros do SUS.