(Foto/Divulgação)
A captação de água no rio Grande é sonho antigo de alguns uberabenses e caminha para se tornar realidade com projeto que será implementado com empréstimo de US$72 milhões do Banco de Desenvolvimento da América Latina e Caribe (CAF).
Mas, antes da confecção desse projeto, foi discutida a implementação de uma segunda fonte de captação no rio Claro. Esse projeto foi apresentado durante a gestão do então prefeito Anderson Adauto. Em entrevista à Rádio JM, em 2022, o ex-presidente da Codau José Luiz Alves lembrou que, na ocasião, Uberaba já tinha três poços profundos, com captação de cerca de 200 litros por segundo, e iria ter uma outorga para captar 800 litros por segundo do rio Claro. Segundo ele, isso iria praticamente dobrar a capacidade de abastecimento da cidade.
Ainda segundo Alves, foi liberado recurso de R$68 milhões para investir nesse projeto de captação. Após deixar o cargo, o projeto da nova adutora estava pronto e os recursos a fundo perdido estavam garantidos.
Porém, no governo Paulo Piau, o projeto foi substituído por uma transposição (em situações emergenciais) do rio Claro e pela barragem da Prainha.
O projeto da barragem começou a ser discutido em 2014, durante o primeiro mandato de Piau, e a inauguração chegou a ser anunciada inicialmente para o ano seguinte. Entretanto, diversos entraves adiaram a licitação e, consequentemente, o início da construção, que só se deu efetivamente em agosto de 2020. Pelo prazo estabelecido no contrato, a represa deveria ser concluída no primeiro semestre de 2021, mas em dezembro de 2020 ela foi paralisada em virtude de erros no projeto.
Presidente da Codau durante o governo Piau, o engenheiro Luiz Neto declarou ao Jornal da Manhã, em 2022, que o projeto da represa da Prainha previa três barragens e que a água represada seria suficiente para abastecer Uberaba pelos períodos mais críticos das estiagens.
No ano passado, durante a campanha eleitoral, a prefeita Elisa Araújo (PSD) garantiu que concluiria a obra da barragem da Prainha.