'MUITA ÁGUA PRA ROLAR'

‘2025 ainda será de mar agitado’, diz Barroso sobre inquérito das fake news no STF

Presidente da Corte rebateu críticas de que investigações, iniciadas em 2019, estão demoradas e afirmou que surgimentos de novos fatos prolongaram diligências

O Tempo/Hédio Ferreira Júnior
Publicado em 10/12/2024 às 10:01Atualizado em 10/12/2024 às 10:03
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Para o presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, o inquérito das fake news está demorando porque os fatos se multiplicaram ao longo do tempo com os acontecimentos de 8 de janeiro e a suposta tentativa de golpe de Estado (Foto: Antonio Augusto/STF)

Para o presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, o inquérito das fake news está demorando porque os fatos se multiplicaram ao longo do tempo com os acontecimentos de 8 de janeiro e a suposta tentativa de golpe de Estado (Foto: Antonio Augusto/STF)

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, rebateu as críticas de demora na conclusão do inquérito das fake news e afirmou que as investigações, iniciadas em março de 2019, foram decisivas para salvar a democracia e enfrentar o extremismo no país. 

Para o ministro, a duração de mais de cinco anos do inquérito se justifica porque “os fatos se multiplicaram” e o que inicialmente mirava o extremismo acabou se desdobrando para os fatos ligados aos ataques de 8 de janeiro e, posteriormente, para a suposta tentativa de golpe de Estado.

“Algumas pessoas se queixam que alguns inquéritos no Supremo têm demorado muito. O inquérito [das fake news] foi decisivo para salvar a democracia. Estávamos indo para o abismo e foi necessário e indispensável para enfrentarmos o extremismo no Brasil”, declarou Barroso em conversa com jornalistas que participam da cobertura diária do Judiciário, na noite dessa segunda-feira (9).

“O inquérito está demorando porque os fatos se multiplicaram ao longo do tempo. Falei com Alexandre de Moraes há um mês. Era previsto que até o fim deste ano todo o material estaria na PGR [Procuradoria-Geral da República] e ano que vem chegar ao fim. De fato está na PGR, mas mesmo que o procurador-geral da República faça denúncias ou arquivamentos no início do ano, ainda vai ter muita quantidade de água passando debaixo dessa ponte”, previu.

Ainda de acordo com Luís Roberto Barroso, o Brasil conseguiu retomar sua normalidade institucional, mas a pacificação plena, por envolver agentes públicos que estão sendo processados criminalmente, ainda não foi atingida. 

“Com a perspectiva de que as denúncias [apresentadas pelo STF à PGR] se transformem em ações penais, vamos ter um mar ainda agitado ao longo de boa parte do próximo ano”, concluiu.

Fonte: O Tempo 

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