Porteiro do Hospital de Clínicas acusa jovem de crime de racismo

Porteiro, de 24 anos, acionou a Polícia Militar, através do 190, no seu local de trabalho, e denunciou uma jovem, de 20 anos, por crime de racismo. O suposto crime foi registrado na portaria no Hospital de Clínicas da UFTM, na avenida Getúlio Guaritá, bairro Abadia, na terça-feira (21). A jovem teria ficado revoltada com a impossibilidade de sua mãe visitar o irmão, internado naquela instituição. Ela não esperou a chegada dos policiais militares.

Conforme apurado pelo Jornal da Manhã, policiais militares das motos patrulha da Base de Segurança Comunitária do bairro Abadia compareceram, após empenho, no Hospital de Clínicas, onde o porteiro relatou que a jovem chegou à portaria juntamente com seu pai a fim de visitarem seu irmão. A visita foi liberada para ambos.

Leia também: Projeto prevê interrupção de jogo em caso de racismo nos estádios

Durante o período de visitação, conforme o porteiro, a jovem solicitou a entrada também de sua mãe, o que foi negado, pois só duas pessoas podem visitar os doentes naquele hospital. Ela foi informada para pedir autorização à equipe de enfermagem.

Inconformada, a jovem e sua mãe começaram a proferir xingamentos contra as funcionárias da recepção, sendo que, em dado momento, a jovem disse ao porteiro: “Você é mais preto do que eu e está com esse racismo todo. Não quer deixar minha mãe entrar para ver meu irmão”. Ela ainda teria ameaçado: “Que a equipe se prepare, pois estarei de volta no dia seguinte”.

Uma testemunha, também porteira, de 36 anos, presenciou todo o fato e confirmou a versão apresentada pelo colega.

A acusada foi embora, não aguardando a chegada da Polícia Militar. O registro policial foi encaminhado à Polícia Civil para que sejam tomadas as devidas providências.