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Ordenação diaconal

A Arquidiocese de Uberaba, anos já faz, era e foi das mais pobres de sacerdotes neste Brasil. A reabertura do Seminário – havia dez anos fechado – vem já, há muito tempo, enriquecendo a Igreja

Dom Benedicto de Ulhôa Vieira
Publicado em 22/10/2009 às 20:12Atualizado em 20/12/2022 às 09:56
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A Arquidiocese de Uberaba, anos já faz, era e foi das mais pobres de sacerdotes neste Brasil. A reabertura do Seminário – havia dez anos fechado – vem já, há muito tempo, enriquecendo a Igreja de vocacionados, de tal modo que hoje nossa Arquidiocese tem o suficiente número de sacerdotes. A maioria deles é de jovens, todos diocesanos, dedicados às suas tarefas e paróquias. Isto hoje, pois estamos aqui quase sem clero de Ordens religiosas que deixaram nossa Arquidiocese, onde tanto bem faziam.

Neste último sábado, ordenou-se diácono pelas mãos de nosso Arcebispo, mais um candidato diocesano. A pequena paróquia da cidade de Delta, bem preparada pelo seu jovem pároco, participou ativamente: a matriz totalmente repleta, o coral magnífico, as cerimônias litúrgicas perfeitas, os pais do novo diácono e os familiares, participando ali nos primeiros bancos. Foi sem dúvida, um grande, festivo e piedoso dia para nossa Igreja e para aquela paróquia. Não sei se os pais do neo-diácono já tinham tido alegria maior na sua família.

O recém-ordenado Diácono Fabiano Roberto é pessoa bem dotada intelectualmente, experiente em catequese e muito bom músico. Será por certo muito útil à nossa Igreja arquidiocesana, sob a orientação do Arcebispo.

Professor muito santo e muito lúcido, que tive nos anos meus de estudos para o sacerdócio, infelizmente já falecido (foi arcebispo de Campinas), nas suas luminosas orientações para nos formar para a sublime missão a que Deus misericordiosamente nos chama, prevenia-nos, dizendo que estivéssemos preparados. Pois Deus, paternalmente nos provaria com um grande sofrimento ou antes ou depois da Ordenação. Seria como que o preço que lhe deveríamos amorosamente pagar, como dívida pela imensa, sublime e misericordiosa graça de sermos sacerdotes. Nunca me esqueci desta sábia advertência de um santo e sábio mestre.

Nosso novo diácono sabe desta predição magistral. Por certo, o Senhor já o purificou para poder admiti-lo às Ordens Sacras e para inscrevê-lo na numerosa comunidade dos felizes apóstolos da Igreja uberabense.

Pela urgente necessidade de apóstolos para Uberaba, quando da já distante minha vinda para cá, determinei então que se cantasse o “Enviai, Senhor, muitos operários para a vossa messe”, em todas as Missas após a comunhão, prática que não foi supressa até hoje, pois é ordem do próprio Jesus no Evangelho. O Senhor felizmente nos vem dando muitos operários. Que Ele os faça perfeitos, piedosos e santos para a grande messe de nossa Igreja. E que as provações (se houver) sejam superadas pelas forças que Deus não nos deixa faltar.

(*) membro da Academia de Letras do Triângulo Mineiro

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