Nestes últimos tempos, temos tido a tristeza de ler, em jornais de larga circulação, notícias e artigos contra o clero católico de algumas partes do mundo
Nestes últimos tempos, temos tido a tristeza de ler, em jornais de larga circulação, notícias e artigos contra o clero católico de algumas partes do mundo. São notícias de casos desagradáveis do mau procedimento de sacerdotes em matéria de ordem moral. Pode ser que muitos destes casos sejam infelizmente verdadeiros. Pode também acontecer que talvez alguns destes fatos não correspondam plenamente à verdade.
Da parte da Igreja deve ter havido – e certamente houve – descuido grave no acompanhamento dos candidatos no tempo de formação. Diante destes lamentáveis fatos, se infelizmente forem verdadeiros, não se pode aceitar que se faça disto uma generalização. Temos tido, por graça de Deus, muitos sacerdotes dignos de sua altíssima missão, cujas virtudes e cuja vida são admiradas pelo povo católico, e é, por certo, a maioria.
Parece-me de justiça recordar agora, na nossa Igreja arquidiocesana, tantos padres que por aqui viveram e trabalharam e, ao partirem desta vida, deixaram saudades e valiosos méritos por sua dedicação pastoral ao povo de Deus.
Não sou historiador para repassar aqui todos os padres virtuosos e dedicados que serviram à Igreja arquidiocesana. Parece necessário, porém, lembrar alguns, sem pretensão de ser complet Monsenhor Genésio, Cônego Valim, Padre Sebastião Carmelita, Padre Magalini, Padre Eddie, Monsenhor Jorge Fialho, Cônego Cirilo, Monsenhor Olímpio, Cônego Vicente Plácido e tantos outros. Dedicados e virtuosos, estes e outros, infelizmente vão ficando esquecidos. Mas, ao contrário, geralmente o povo não esquece os que resvalaram nos compromissos assumidos diante de Deus.
Hoje o clero de Uberaba é, quase exclusivamente, constituído de jovens sacerdotes, todos entregues às suas obrigações pastorais, esfalfando-se no zeloso atendimento de suas paróquias e de suas capelas de periferia.
É, por certo, especial graça divina vivermos nós, sacerdotes, na fidelidade aos graves compromissos que assumimos na juventude diante de Deus. E é justo esperar do povo, a que servimos, o auxílio de suas preces por nossa fidelidade e sua confortadora amizade cristã.
(*) membro da Academia de Letras do Triângulo Mineiro