Acreditar que acidente escolar é fruto da fatalidade, implica em aceitar que não há como preveni-lo
Acreditar que acidente escolar é fruto da fatalidade, implica em aceitar que não há como preveni-lo. Entender que os acidentes são fenômenos uni ou pauci-causais, decorrentes, de espaço físico inadequado e observações e condutas ingênuas da comunidade escolar, implica em centrar ações que sensibilize e capacite a comunidade escolar para realizar procedimentos adequados e coerentes no momento do acidente, bem como sua prevenção no ambiente escolar. “Os acidentes são preventivos, assim, a observação e detecção dos principais fatores de riscos de acidentes no ambiente físico e social da escola e em seu entorno, possibilitam o planejamento para a educação em saúde”. (IERVOLINO. Solange, et al. 2005 p. 99).
Maranhão (1998) e a Carta de Ottawa (1986) apontam implicitamente sobre a falta de conhecimento específico sobre a saúde no contexto escolar. O que é emergente numa política pública. Conjugar a enfermagem à Educação, promovendo saúde e viabilizando qualidade de vida. Os Parâmetros Curriculares Nacionais sugerem que toda escola deve incorporar os princípios de promoção da saúde indicados pela OMS (Organização Mundial de Saúde (VIEIRA et al, 2005, p. 12). “O primeiro socorro não é um tratamento médico ou a realização de ações que um médico faria, mas é o ato de tomar decisões que melhor se apliquem à pessoa acidentada”. (MARTINS et al,2000, p.84).
Oferecer uma educação em saúde, no sentido de abrir horizontes sobre a qualidade de vida oferecida às crianças no contexto escolar, focando conhecimentos básicos, porém científicos sobre a prevenção e a atuação no atendimento emergencial de crianças vítimas de acidentes estão sob o conjunto explícito de ações da enfermagem, em busca de uma ideação que edifico como essencial no mundo de hoje: prevenir e salvar vidas com a arte de educar.
O atendimento às vítimas de acidente no contexto escolar ou até mesmo em qualquer ambiente, pode ser realizado por qualquer indivíduo que tenha preparo técnico e disponibilidade em fazê-lo. “Sendo a saúde um direito humano, a educação para a saúde assume-se naturalmente como um direito do aluno. A escola é, neste âmbito, um local privilegiado para desenvolver educação e saúde com eficácia”. (BONITO, Jorge.2001 p.04).
“Ao discorrer sobre promoção de saúde, provou-se que o enfermeiro pode e deve atuar através de atividades de educação para a saúde e de práticas educativas, em diferentes espaços, mas principalmente em escolas”. (SISTON, A. N. Vargas, L. A. 2007 p.05). A Enfermagem assumirá um duplo, porém, ímpar papel. O de ser Enfermeira e Educadora, os quais irão caminhar de mãos dadas, ultrapassando o simples muro do “cuidar”, para ensinar cuidando. Com a perspectiva de promover e proporcionar qualidade de vida, através da arte de Educar.
Caberá a mim, não somente o estudo dos problemas, mas também contribuição para que os mesmos sejam superados.
Portanto, este projeto de intervenção, será revertido em dupla relevância: teórica acadêmica - a necessidade de compreender a instituição, suas necessidade e funcionamentos; e a outra de natureza prática – a relevância de sensibilizar/conscientizar e efetivar a capacitação à comunidade escolar para que possam realizar procedimentos/condutas adequados diante ao acidente escolar, bem como a sua prevenção. “É unânime em afirmar que a educação é o caminho mais importante para reduzir a incidência dos acidentes.” (GONSALES.Thais Pondaco, et al. 2008 p. 11973). “Nada mais sério que uma criança brincando.” (autor desconhecido). Ana Emília Guardieiro pedagoga e Acad. de Enfermagem