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Na Festa da Medalha

Ao encerrar-se o Ano Litúrgico, antes de a Igreja nos introduzir na preparação do Natal, Uberaba se movimenta para a celebração da festa

Dom Benedicto de Ulhôa Vieira
Publicado em 03/08/2018 às 10:18Atualizado em 20/12/2022 às 15:29
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Ao encerrar-se o Ano Litúrgico, antes de a Igreja nos introduzir na preparação do Natal, Uberaba se movimenta para a celebração da festa de Medalha Milagrosa. Vêm fiéis de muitas cidades do Triângulo e até de mais longe para homenagear a Mãe de Deus no belo trono do seu Santuário.

As duas festas da Nossa Senhora, que mais movimentam e atraem os católicos da nossa cidade e de outras, são a de agosto – Abadia – e a de novembro – da Medalha –, que hoje estamos celebrando. O Santuário se torna pequeno para as levas e levas de devotos que trazem à Mãe de Deus seus pedidos, seus agradecimentos e seu amor filial.

A alegria do cristão-católico o leva a confiar na Mãe de Deus, que ouve seus filhos da terra e por eles intercede, como o Evangelho de João nos relata, na festa nupcial de Caná da Galiléia. Jesus nunca deixa sem atendimento os desejos e pedidos de sua Mãe.

A teologia nos ensina que "todo o influxo salutar da Santíssima Virgem em favor dos homens se deve ao beneplácito divino e dimana da superabundância dos méritos de Cristo" (Lumen Gentium, 60). Tem Ela, Maria, em consequência de sua presença no mistério salvífico de Jesus, a nobre missão de Mãe nossa na ordem da graça.

O saudoso João Paulo II, na encíclica "Redemptoris Mater" (25.III.87), lembra a presença materna de Maria nos albores da Igreja, quando os apóstolos, reunidos no cenáculo, aguardavam a graça iluminadora do Paráclito. Estava, como nos relata São Lucas (Atos 1, 14), no meio dos apóstolos, certamente "como testemunha excepcional do Mistério de Cristo".

O cristão, que sabe ler na Escritura Sagrada a mensagem de Deus, vê em Maria a criatura "cheia de graça" (Lc 1, 28) e "mãe do Senhor". Por isto, em consonância com o Evangelho, o povo cristão acorre a Nossa Senhora como Mãe de Deus – santa, humilde e poderosa – e a festeja como valiosa medianeira junto de seu Filho Jesus. Por isto houve quem A chamasse de "onipotência de mãos postas".

Nesta ocasião de tanta fé e prece, fica lá no céu Maria ouvindo os cantos tão festivos, lindos, e abre os tesouros do Coração de seu Jesus, enriquecendo de graças os que vieram homenageá-la neste dia de bênção. Sim. Não é Ela a Medianeira?

(*) membro da Academia de Letras do Triângulo Mineiro

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