FRAUDE

Polícia prende suspeito de ataque hacker ao sistema que liga bancos ao Pix

Homem trabalhava em uma empresa terceirizada de TI contratada pela C&M Software, que faz a integração de instituições financeiras com sistemas de pagamento

Renato Alves/O Tempo
Publicado em 04/07/2025 às 08:41
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A Polícia Civil prendeu um suspeito pelo ataque hacker ao sistema da C&M Software que atende o Banco Central: suspeito teria confirmado à polícia que entregou a senha de acesso para terceiros, que cometeram a fraude (Foto/Dragos Condrea/iStock)

Policiais prenderam na noite de quinta-feira (3) um suspeito de envolvimento no ataque hacker que desviou ao menos R$ 800 milhões do sistema de pagamentos do Banco Central (BC), que inclui o Pix. O prejuízo estimado pode chegar a R$ 3 bilhões.

Ele trabalhava em uma empresa terceirizada de tecnologia contratada pela C&M Software, que faz a integração de instituições financeiras com o ambiente do Pix e outros sistemas de pagamento como TED e boletos.

A prisão foi feita por agentes do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) da Polícia Civil de São Paulo. O suspeito é João Nazareno Roque. Há um outro inquérito sobre o caso na Polícia Federal.

A informação sobre a prisão é da Globonews. Segundo reportagem da TV, em um primeiro depoimento à polícia, o suspeito disse que vendeu a chave de acesso ao sistema.

Na terça-feira (1º) à noite, criminosos usaram o login de instituições financeiras para roubar dinheiro de contas que elas mantêm no BC para cumprirem exigências legais. 

O ataque só foi divulgado na quarta-feira (2). Hackers teriam desviado recursos de contas de oito instituições financeiras. O ataque cibernético já é considerado o maior da história dentro do Banco Central.

A C&M atende a instituições financeiras de pequeno porte, que não têm acesso direto aos sistemas do Pix. A empresa fazia essa conexão para 22 bancos, instituições de pagamento, cooperativas e sociedades de crédito.

Assim que foi informado do incidente, O BC desligou as conexões da C&M aos sistemas do Pix. O serviço foi restabelecido na manhã de quinta-feira (3), “sob regime de produção controlada”, segundo o BC.

A decisão foi tomada depois que a C&M comprovou ter adotado medidas para dificultar novos ataques a seus sistemas, ainda de acordo com o Banco Central.

O ataque hacker não envolveu vazamento ou extração de dados de instituições financeiras e de clientes, segundo a C&M.

Fonte: O Tempo

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