BALANÇO

PF apreendeu R$ 46 mi em operações contra crimes eleitorais, sendo R$ 20 mi em dinheiro vivo

Somente neste sábado foram deflagradas 12 operações em 8 Estados para combater crimes eleitorais; 2.200 inquéritos foram abertos

O Tempo
Publicado em 05/10/2024 às 17:41
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Dinheiro apreendido pela PF em Teresina (PI): Cada motorista de aplicativo recebia de R$ 100 a R$ 200 por adesivo de candidato (Foto/Divulgação/Polícia Federal)

Dinheiro apreendido pela PF em Teresina (PI): Cada motorista de aplicativo recebia de R$ 100 a R$ 200 por adesivo de candidato (Foto/Divulgação/Polícia Federal)

A Polícia Federal (PF) informou que, até a manhã deste sábado (5), apreendeu R$ 46 milhões em bens e valores, sendo R$ 20 milhões em dinheiro em espécie, em ações de combate a crimes eleitorais neste ano. Ainda segundo a corporação, 2.200 inquéritos foram abertos para investigar esses delitos e ações criminosas contra o Estado Democrático de Direito.

A informação foi adiantada pelo portal G1. Somente neste sábado foram deflagradas 12 operações em 8 Estados para combater crimes eleitorais. E os números totais devem crescer consideravelmente, pois é comum o aumento de infrações nos últimos dois dias de campanha eleitoral, com ocorrências frequentes de flagrantes de tentativa de compra de votos, a exemplo das registradas nos últimos dois dias.

Na sexta-feira (4), os agentes prenderam em flagrante três homens, incluindo dois servidores públicos, ao saírem de uma agência bancária em Castanhal, no Pará, após sacarem R$ 4,9 milhões em espécie. A investigação indica que o dinheiro seria destinado à compra de votos para um candidato nas eleições no Pará.

Já no Estado do Rio de Janeiro, a PF contabilizava, até a manhã desta sexta-feira, R$ 3,9 milhões, em espécie, apreendidos em ações de combate à prática de corrupção eleitoral em 2024. Na quinta-feira, os agentes apreenderam R$ 1,8 milhões em dinheiro vivo em dois carros estacionados na garagem de um centro empresarial localizado na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro.

Dinheiro apreendido durante pagamento por ‘adesivaço’

Na quinta-feira (3), a PF prendeu em flagrante quatro pessoas envolvidas em compra de votos e associação criminosa em Teresina, no Piauí. Cada eleitor recebia de R$ 100 a R$ 200. Havia mais de 300 motoristas de aplicativo em uma fila à espera do pagamento. O pagamento era relativo a “adesivaço” realizado anteriormente. Foram apreendidos cerca de R$ 150 mil.

Dez pessoas foram conduzidas à sede da PF para prestar esclarecimentos, permanecendo quatro presas por suposto envolvimento em crimes de corrupção eleitoral e de associação criminosa. A legislação veda a veiculação de propaganda eleitoral de qualquer natureza em veículos prestadores de serviços públicos, nos quais se enquadram os carros e motos que prestam serviços por aplicativo.

Mais de 50 são presos durante distribuição de dinheiro para motociata

Já em Aracaju, no Sergipe, também na quinta-feira, policiais militares prenderam em flagrante mais de 50 pessoas sob suspeita de compra de voto. A PM sergipana recebeu uma denúncia que ocorria uma motociata, em que os condutores dos veículos passavam pelas ruas oferecendo dinheiro em troca do voto para uma candidata à Prefeitura de Aracaju.

De acordo com o relato do denunciante, ele se desentendeu com um dos organizadores do esquema, que inicialmente havia prometido R$ 50, mas na hora do pagamento, o valor foi reduzido para R$ 40. Insatisfeito, o eleitor telefonou para a PM. Quando os militares chegaram, mais de 100 pessoas estavam formadas em uma fila, esperando o pagamento. Houve correria, mas 54 foram presas, a maioria motociclistas. 

Uma suspeita contou aos policiais militares que estava coordenando o grupo detido e que havia outros quatro grupos, totalizando cerca de 350 motociclistas, que já haviam recebido o pagamento prometido. A PM não informou o nome da candidata que seria beneficiada com a compra de votos. Há cinco mulheres entre os oito candidatos a prefeito de Aracaju. Os suspeitos foram liberados após prestarem depoimento, mas não estão livres de processo criminal.

Fonte: O Tempo

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