A Meta, empresa responsável pelo Facebook, Instagram e WhatsApp, anunciou que começará a exibir anúncios em seu aplicativo de mensagens. A decisão já era esperada, especialmente considerando que o WhatsApp conta com uma impressionante base de 3 bilhões de usuários ativos por mês.
Isso significa que mais de um terço da população mundial utiliza o app regularmente. A quantidade é comparável ao número de usuários do Facebook (3,07 bilhões), mas é 50% maior do que o público mensal do Instagram.
Diante de uma audiência tão expressiva — equivalente, por exemplo, à soma das populações da China e da Índia — é natural que a Meta busque novas formas de monetização. No entanto, isso não quer dizer que os usuários começarão a ver propagandas dentro de suas conversas privadas.
A empresa afirma que não irá acessar os dados das conversas, que, segundo ela, são protegidas por criptografia de ponta a ponta — um de seus principais diferenciais. Também assegura que não venderá os números dos usuários para empresas criarem anúncios direcionados.
De acordo com a Meta, os anúncios aparecerão na aba Atualizações, onde os usuários visualizam conteúdos similares aos Stories e acompanham atualizações de grupos.
A companhia acredita que essa área é suficiente para gerar receita, já que é acessada por metade da base ativa de usuários — cerca de 1,5 bilhão de pessoas todos os dias.
A expectativa da Meta é aumentar seu faturamento com campanhas publicitárias relevantes para diferentes marcas, aproveitando o alto nível de engajamento do público nessa seção do aplicativo.
Ainda assim, é um movimento que pode, futuramente, ser expandido para outras partes do app. Mas a empresa precisará agir com cautela: o WhatsApp é amplamente utilizado não só para comunicação social, mas também como ferramenta de trabalho e organização pessoal.
Caso a experiência do usuário seja prejudicada por excesso de publicidade, há o risco de uma migração para outras plataformas.