"Fui!"
Abri o Jornal da Manhã do dia 18/02/2022, na página 5, onde constam as ocorrências policiais e dou de cara com a matéria: “Aposentado de 68 anos, morador da rua Delfim Moreira, no Fabrício, foi vítima de estelionato e perdeu mais de R$30 mil. O crime aconteceu na quarta-feira (16), mas só foi detectado ontem. A vítima recebeu ligação de falso atendente do Banco do Brasil, informando que seu cartão havia sido clonado. O caso foi encaminhado à Polícia Civil para as devidas providências”.
“A vítima conta que recebeu a ligação de pessoa se passando por atendente do Banco do Brasil, informando que seu cartão havia sido clonado e que estavam fazendo compras em Santa Catarina. Ainda conforme a vítima, o falso funcionário do banco alegou que precisava resolver a questão naquele momento e solicitou que baixasse o aplicativo e informasse o código”.
Seguem os fatos: “O aposentado baixou o aplicativo e, em seguida, percebeu que o falso atendente teve acesso ao seu aparelho celular de forma remota e realizou transferências bancárias, totalizando R$30.480,00. Após realizar as transações financeiras, o golpista informou ao aposentado que mandaria um colaborador do banco em sua residência para recolher os cartões bancários e o aparelho celular. Só após ouvir que mandaria apanhar os cartões é que percebeu que se tratava de golpe, mas já era tarde, pois o dinheiro da conta bancária já havia sido transferido”. CP.
A ocorrência narrada poderia ter como protagonista principal exatamente o autor deste texto. Minutos antes de abrir o Jornal da Manhã, um espertalhão havia me telefonado e contado a mesma história. Como sei que banco nenhum ordena seus funcionários a telefonarem para clientes e manter conversas do tipo narrado, fui firme e joguei o larápio para escanteio. Quando ele percebeu que não sou tão incauto, desligou o telefone.
Que estas palavras sirvam de informação e quando receberem telefonemas de pessoas se intitulando representantes de bancos, interpele-as e digam: vou telefonar para o banco e mais tarde você ligue para mim. O estelionatário não irá dizer ao telefone, mas em silêncio dirá: “FUI!”.
