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FERNANDO VANUCCI

Jotinha tenha um pouco de paciência, a luz no fim do túnel poderá voltar a brilhar. Sei que você, como muitos outros companheiros...

Luiz Alberto Cecílio
Publicado em 03/08/2018 às 10:18Atualizado em 20/12/2022 às 12:31
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Jotinha tenha um pouco de paciência, a luz no fim do túnel poderá voltar a brilhar. Sei que você, como muitos outros companheiros, desejam que o nosso futebol alcance, novamente, destaque no cenário esportivo de Minas Gerais e em todo o território brasileiro. Domingo, no Uberabão, no jogo de Juniores entre Nacional 2 x 1 Ipiranga, pude senti-lo desanimado com as nossas categorias de base. As suas palavras me preocuparam, principalmente quando disse que infelizmente não está vendo nenhuma melhora, nada está evoluindo e que está pensando em procurar algo diferente, em que possa trabalhar e ter um futuro.   Jota, vou te apresentar este moço chamado Fernando. No começo da sua carreira, jovem, muito jovem, nós o chamávamos de Fernandinho Braz, e depois, quando escutamos a sua voz forte e bonita passamos a chamá-lo de Fernando Braz. Ele sim conquistou o seu espaço com seus próprios méritos. Trabalhou, estudou e aprendeu com a imprensa de Uberaba nos anos de 1965, 1966 e 1967. Aprendeu tudo de bom com profissionais como Ataliba Guaritá, Leite Neto, João Cid, Luiz Gonzaga, Ramon Franco Rodrigues, Farah Zaidan e tantos outros, que militavam na área esportiva da cidade.    Fernando não media esforços para aprender, participava ativamente do futebol Juvenil e do profissional. Buscava informações na Liga Uberabense, como as condições físicas dos atletas inscritos nos seus devidos clubes, durante a disputa do Campeonato Juvenil. Na FMF, em Belo Horizonte, com a sua humildade, encurtava a distância através de amizades com os profissionais da capital, onde conseguia notícias sobre o seu Uberaba Sport Clube, o meu Naça e sobre o Independente, do Jarbinhas Cury, para transmiti-las em primeira-mão.   Fernando Braz, que agora vou chamar de Fernando Vanucci, é a você que dirijo agora minhas palavras. Encerrei a minha carreira em 1973, formei em engenharia em 1972, você já não estava mais em Uberaba, tinha ido buscar seu espaço. Na época, a cidade tinha três times profissionais. Você cobria o Nacional em seu dia a dia, e lembro-me como se fosse hoje, as inúmeras vezes em que vimos você descer do ônibus que saia da Praça Rui Barbosa, para chegar ao portão do Estádio JK. Você com o seu gravador preto e uma timidez tão sincera, que nós, os garotos do Juvenil, ficávamos morrendo de medo de que fizesse conosco alguma entrevista ou algo semelhante. E mesmo sendo mais novo do que todos nós, já tinha conquistado o nosso respeito.   E para nós, você era “o cara” e sabia tudo. Mais ainda, nunca usou o seu gravador como arma, nunca o atirou em ninguém e hoje, tenho certeza de que o Ataliba Guaritá o ensinou o que é corret a sua arma é a sua voz – parte do slogan do Netinho que dizia “Uberaba está em todas”.   Graças à sua perseverança e capacidade, você é e será sempre uma referência como profissional do esporte. Uberaba inteira precisa entender que você é nosso e reverenciá-lo por isso! Vanucci, lembro-me de quando você treinava no seu gravador, narrando os coletivos do Juvenil. De quando nos confidenciava a empolgação e a ajuda que nosso time lhe dava nas suas transmissões, porque o Sr. Chiquito Decina tinha um time de futebol bom e muito rápido.   De perto dos bambuzais que ficavam atrás do gol da avenida foram dias após dias até chegar à recompensa, que o faz hoje um dos melhores profissionais do país. Acho que o Fued Hueb sabendo que você tinha vínculos com o USC, pensou em colocá-lo para cobrir o Nacional como castigo. Você, ainda garoto, era respeitado por Lili, Dias, Pocas, Jair, Jota Alves, Jackson, Tati, Da Silva, Silvinho, Oldak, Tinoco, Zulei e Nicotina. Consegue se lembrar destes nomes?   Você tem aqui um irmão-amigo, que não sei se é ele ou você, quem imita um ao outro. Refiro-me ao Antenor Cruvinel, também um profissional da imprensa que só noticiava fatos que serviam para engrandecer a nossa Uberaba. Acho que é por isso que vocês são tão amigos. Domingo, no programa do Jotinha, você confidenciou que a sua família era pequena, perdeu o pai, a mãe, há pouco tempo o irmão, e hoje, residindo em São Paulo, tem aqui amigos e boas lembranças.   Permita-me chamá-lo como nos velhos tempos, Fernandinho Braz. Saiba que aquele Juvenil que você tanto acompanhou de Murilo, Anibal, Pacu, Dário, Wanderlei, Luizinho, Carlinhos, Joãozinho, Léozinho, Bilau e Mozart e mais 400.000 mil uberabenses estão agora, mandando um forte abraço. Você é dez! Ps. Jota, você é capaz. Vá em frente com os seus projetos. Abraço a todos e boa semana!

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