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Falando de interesses

Interesses... motivos... motivação... motivar... motilidade... Motilidade é a faculdade de mover-se, é a força motriz.

Sandra de Souza Batista Abud
sandrasba@uol.com.br
Publicado em 03/08/2018 às 10:18Atualizado em 20/12/2022 às 15:16
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Interesses... motivos... motivação... motivar... motilidade...

Motilidade é a faculdade de mover-se, é a força motriz.

Motivação, conjunto de fatores psicológicos, conscientes ou inconscientes, de ordem fisiológica, intelectual ou afetiva, os quais agem entre si e determinam a conduta de um indivíduo, é o ato ou efeito de motivar.

Motivar é estimular, é despertar o interesse.

O motivo? É aquele que causa ou determina algo.

A motivação se refere aos fatores determinantes do comportamento, os quais são determinantes causais no caso das necessidades biológicas ou são determinantes condicionais quando emergem como demandas e interesses.

Já os motivos revelam a finalidade apontada por uma ação ou comportamento, operando como as causas que sustentam uma conduta. Sob o ponto de vista do sujeito executante, toda ação supõe uma finalidade. Os motivos nos revelam o sentido de uma conduta, porque apontam para o objetivo visado. Na vida cotidiana, nas interações corriqueiras, compreendemos sem maiores problemas os motivos que mobilizam as pessoas. Entretanto, nem sempre os motivos são tão perceptíveis e tão claros, podendo ser simulados e dissimulados segundo a finalidade proposta. Acontece bastante em muitas situações, suspeitarmos o encobrimento dos verdadeiros motivos.

Quando nos interessa apreender o sentido de uma conduta, observamos sua finalidade. Muitas vezes esta finalidade nos causa dúvida ou se apresenta absurda. Custa-nos entender um comportamento sem um sentido aparente ou com um sentido fora da norma. Um sujeito inconsequente, distribuindo objetos, sem motivo aparente, em algum lugar perigoso, sem proteção e arriscando sua própria vida, pode nos intrigar. O que pretende com esta atitude? E, o que é mais importante, que sentimento nos inspira o sujeito?

Simpatia?

Antipatia?

Podemos simpatizar com diversos tipos de pessoas. Tendemos a simpatizar com todos aqueles com quem nos identificamos de alguma maneira, ou em algum momento.  Quanto maior é a identificação, maior é a simpatia. Simpatizar é sentir com, experimentar o que o outro também experimenta. Na simpatia nos abrimos ao convite do outro, encontrando nele uma certa afinidade ou percebendo uma atitude propícia, inclusive para exercer nosso senso de solidariedade ou de humanidade.

Há pessoas que nos inspiram simpatia – seria o caso daquele sujeito correndo perigo? –, outras que provocam rejeição. Isso nos acontece seja no contato direto com os indivíduos, seja nas figuras que observamos como protagonistas na literatura. Geralmente quem mostra consideração por nós nos inspira simpatia. A surpresa é quando sentimos simpatia por quem nos rejeita, ou se mostra indiferente a nós.

O que significa isto?

Naquele contexto, a identificação não é com a pessoa, mas com seu comportamento, ou seja, com seu motivo ou motivação.

A direção de nossa simpatia, ou de nossa momentânea motivação – atividade intelectual, social, afetiva, que desperta o interesse –, isto é, a direção de nosso interesse, revela aspectos importantes de nossa afetividade.

(*) psicóloga clínica

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