ARTICULISTAS

Falando de imaginação

A imaginação enche e preenche de cores o pensamento

Sandra de Souza Batista Abud
Publicado em 09/01/2014 às 20:38Atualizado em 19/12/2022 às 09:31
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A imaginação enche e preenche de cores o pensamento. Daí a importância de aprender, quando não se sabe, a usar a imaginação. Para viver ou aproveitar o encanto da vida, e primordial reaprender a utilizar essa capacidade de fazer surgirem as cores e o deleite das fantasias de que um dia a infância permitiu desfrutar.

Como isso é possível?

A possibilidade está em “olhar para dentro”.

Quem olha para fora sonha.

Quem olha para dentro desperta. Desperta para um mundo que dá sentido à vida.

O que significa isto? Significa que aquilo que falta a alguém é, também, o que o guia no caminho que dará significância à sua existência. Como o cego que consegue “ver” através de quem vê por ele ou através de quem ou de que o guia.

As pessoas estão habituadas à ideia de uma realidade que se opõe à fantasia.

A realidade, vista de forma concreta, é quase sempre dura e pesada. Muitas vezes o real é a cegueira dos olhos da imaginação. Geralmente, a realidade priva o indivíduo da condição de inventar, opondo-se ao mundo mágico desfrutado na infância.

A luta entre a imaginação e a realidade é importante para provocar mudanças.

O resultado, a transformação é sempre um aprendizado, uma criação, a criatividade. Um indivíduo sem imaginação cria para si mesmo uma realidade sem colorido.

A criação vitaliza e sem ela o que existe é cegueira.

Segundo Jung, símbolo é qualquer imagem que funcione como veículo de energia e mistérios, imagens que mostram uma face conhecida e outra que se esconde da consciência em uma ilusão de realidade. Tentando decifrar essas imagens, a consciência destrói o símbolo e o reduz a algo, como se este tivesse existência própria.

Acontecendo isto, tais imagens se dissolvem nas crenças ou dão acesso à realidade, desmanchando o símbolo.

O homem construiu seus símbolos através dos tempos e da vida e lhes deu a condição de orientação na volta a essa natureza imaginativa da qual o mesmo homem se afasta mergulhado na ilusão da lógica da realidade.

Os símbolos não precisam dessa lógica e eles são os guias que verdadeiramente levam o homem pelo caminho da imaginação, e também pelo caminho a ser cumprido.

Os símbolos, como a imaginação, permitem a chegada ao mundo dos sonhos, um mundo cheio de cores, onde se dispensa o conceito de verdade, e as coisas podem ser e onde todos terão ou cada um terá o benefício de enxergar com a alma. Os olhos serão então apenas portas para permitir o trânsito livre entre realidade e imaginação, como a entrada e a saída de Papai Noel, no Natal, símbolo de doação, alegria, riso e bondade.

(*) Psicóloga

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