ARTICULISTAS

Falando de Filosofia da Informação - IV

Sandra de Souza Batista Abud
Publicado em 13/03/2014 às 10:50Atualizado em 19/12/2022 às 08:37
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“Então você se liga em seu Skype, pelo seu notebook, tablet ou celular, e inicia, por videochamada, uma sessão com seu terapeuta” ou sua terapeuta.

O que diria, pensaria ou imaginaria Sigmund Freud sobre esta colocação?

Em tempo de comunicação, informação e tecnologia, será que a tela do computador poderia ser um instrumento que viabilizaria também uma psicoterapia?

A questão é que a tecnologia e com ela todos os tipos de informação é fato presente no cotidiano das sociedades. Avalanches de informações são geradas e comunicadas a todo instante.

As sociedades contemporâneas mais avançadas baseiam a comunicação entre as instituições em informação gerada e gerida por tecnologias.

Esse desenvolvimento tem provocado alterações importantes em termos políticos, sociais, econômicos e ambientais. Desse modo, pode-se dizer que a Filosofia da Informação é assim um projeto destinado a consolidar uma área de investigação autônoma, que versa sobre questões originadas e relacionadas à emergência da denominada sociedade da informação. Em termos mais gerais, a Filosofia da Informação nada mais é do que uma colocação filosófica, sem pressupostos, como rigor e radicalidade da questão da informação. Em outras palavras, trata-se de uma tentativa de pensar filosoficamente a informação.

Quais são as dinâmicas e modos de ser da informação? A sociedade da informação é a sociedade do quê?

E possível separar o conceito de sociedade do conceito de informação?

É impossível separar o conceito de sociedade do conceito de informação, pois não existe sociedade que se estrutura sem informação. Nesse contexto, a tecnologia de informação ao serviço da atividade intelectual do homem é uma das questões centrais da Filosofia da Informação.

Mediante tais questões, percebe-se o quanto é relevante o empreendimento de uma reflexão estruturada em torno da Filosofia da Informação, propondo-se uma espécie de desafio a toda essa crescente e esmagadora ambição da sociedade da informação. Enquanto ambientes sociais destinam sua atenção para o aspecto positivo dela, requer-se para a qualidade de informação, em seu contexto geral, desde sua criação até sua difusão, um pensar que exija transformação de padrões e escalas morais, fazendo de fato refletir prioritariamente sobre as questões essenciais da informação, tornando possível uma retomada da visibilidade conceitual sobre a informação gerada e consumida na sociedade contemporânea.

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