A felicidade... outra vez. Ela existe? Onde é que ela está? A felicidade significa o mesmo para todos? O que é ser feliz?
Segundo pesquisas, o Brasil está em 30º lugar no ranking dos países em que a população se declara feliz. O Zimbábue está em 97º. Os primeiros lugares foram ocupados pela Dinamarca (1°), Porto Rico (2°) e Colômbia (3°). Outra pesquisa, da Universidade de Edimburgo, Escócia mostra que ser feliz ou não tem 50% a ver com a genética. Os outros 50% dependem do ambiente e do indivíduo. O que determinam os genes neste estudo realizado com gêmeos? Os genes determinam uma personalidade com tolerância ao estresse, determinam baixos níveis de ansiedade e depressão, enfim determinam uma personalidade alegre ou não. A felicidade é algo comum? Com 5 anos, uma criança se torna feliz quando consegue um brinquedo desejado. Aos 15, já não é o brinquedo que traz a felicidade, talvez um namoro satisfatório, uma amizade com o grupo, um passeio espetacular. E aos 30? A formatura? O emprego? O casamento? A beleza? O sucesso? O desafio? E assim caminha a humanidade e a sua busca da felicidade. Aos 40 anos, o que traz a felicidade? Os filhos? O trabalho? Aos 50 anos? Os netos? E aos 60? A aposentadoria? Ou a saúde? No cotidiano, o que é importante para alcançar a felicidade? A resposta é: para ser feliz, não seja infeliz. Como conseguir isto? Uma forma ou caminho para alcançar este objetivo é reduzir as emoções negativas tais como culpa, remorso, raiva, mágoa, chateação... A neurocientista Sílvia Helena Cardoso afirma que temos emoções ruins subconscientes que se manifestam em situações em que não deveriam se manifestar. Um exemplo? No trânsito. Circuitos emocionais são ativados involuntariamente e reações como taquicardia, suor frio, estresse, tudo sem necessidade, pois, apesar de os congestionamentos serem muito desagradáveis e incomodarem bastante, segundo a neurologista, eles não são um predador que obriga alguém a lutar ou a fugir. “Se tivermos consciência de que muitas reações que temos não são necessárias, evitamos comportamentos inadequados e inibimos as emoções negativas. E, se desligamos essas, abrimos espaço para as emoções positivas.” Viu como é fácil ser feliz? Se você se abre para as emoções positivas, você está no caminho da felicidade. 65% das pessoas se consideram felizes, segundo pesquisas. Este resultado não quer dizer que estes 65% de indivíduos sejam super felizes, mas que não são infelizes. A felicidade está mais relacionada à frequência do que à intensidade. Todo ser humano tem uma espécie de ponto de ajuste no nível de felicidade que se eleva com as boas notícias e que cai nos momentos críticos. O que é importante? É importante saber que depende de cada um elevar o grau de felicidade, adotando posturas e reações que lhe causarão mais momentos felizes. (*) psicóloga clínica sandrasba@uol.com.br Sandra Abud escreve às quintas-feiras neste espaço