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Falando de autoquestionamento - II

Você está pronto para aceitar novos desafios?

Sandra de Souza Batista Abud
Publicado em 11/09/2014 às 20:36Atualizado em 17/12/2022 às 03:44
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Você está pronto para aceitar novos desafios?

Os desafios mudam para cada um e podem ser grandes ou pequenos. A vida não é um desfile de novidades e muitas vezes é necessário insistir em algo para que floresça e complete seu ciclo. A disposição para encarar o novo é um termômetro que mede a curiosidade – fator essencial para manter a mente e a vitalidade espertas. Inventar sempre novos objetivos íntimos é interessante, e não só responder ao esperado pela cultura, o que impede que se cristalizem comportamentos ditados pelo medo.

Você lida bem com seus erros?

Urge focar os acertos e os erros, porém ficar preso ao que deu errado, fixado apenas nas próprias falhas ou nos deslizes dos outros pode ser empecilho para seguir adiante e enfrentar novas experiências. Tensões extras podem ser geradas pelo perfeccionismo e autoexigência excessiva, que com o tempo podem resultar níveis elevados de estresse, o que provoca mais erros. Tentar encarar os erros apenas como um mau passo é interessante. O humor, certamente, ajuda bastante neste momento.

Como está sua autossuficiência?

Saber resolver suas dificuldades e situações rotineiras está relacionado com o fato de possuir referências internas e acreditar ser uma pessoa confiável. É importante reconhecer que a interpendência existe, mas é primordial saber que se conta mesmo é consigo próprio. Assumir as responsabilidades nas relações e nos lugares onde se atua é imprescindível. O excesso de autossuficiência é desfavorável, pois saber pedir ajuda para as pessoas certas em determinadas situações é de extrema importância.

Você se preocupa com a opinião alheia?

Você sabe diferenciar admiração de comparação?

Admirar é contemplar alguém com grande prazer e interesse, ter respeito e consideração pelo outro. É ver o que a pessoa tem de bom e aprender com ela. Comparar é aproximar dois ou mais itens de espécie ou natureza diferente, mostrando entre eles um ponto de analogia ou semelhança, é equiparar algo em valor, qualidade ou intensidade. Comparar envolve reconhecer os defeitos próprios, mas também, buscar o pior nos outros, frequentemente. No cotidiano, comparações causam mal-estar e dispersão do foco de concentração. O que realmente é necessário é medir o impacto das próprias ideias e ações.

Como você lida com as mudanças?

Você sabe dar a devida proporção aos acontecimentos?

Torna-se necessário distinguir o que é problema e o que é apenas aborrecimento. Problema é obstáculo, dificuldade que desafia a capacidade de solução... O diagnóstico de uma grave enfermidade pode ser problema que exigirá coragem e apoio. Entretanto, situações aborrecidas que não chegam a ser problemáticas não devem ser enfatizadas. Dramatizar demais, em ambos os casos, é perda de energia. A saída é encarar as mudanças necessárias e mudar implica sair de certas zonas de conforto e desmanchar velhos esquemas de encaixe nos ritmos da vida.

(*) Psicóloga clínica

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