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Educação religiosa

A Educação religiosa da criança é necessária e deixa raízes para a vida toda. A linguagem tem de ser infantil, acompanhada de pequenos gestos que a criança compreende e assimila

Dom Benedicto de Ulhôa Vieira
Publicado em 01/10/2009 às 21:12Atualizado em 20/12/2022 às 10:22
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A Educação religiosa da criança é necessária e deixa raízes para a vida toda. A linguagem tem de ser infantil, acompanhada de pequenos gestos que a criança compreende e assimila na beleza encantadora da sua idade.

Felipe, um menino de três anos, aprendeu que Nossa Senhora é a nossa mãe do céu. Para uma criança que, por experiência pessoal, sabe o que é ter mãe e o que ela representa de bondade, de carinho e de amoroso cuidado, é fácil compreender o papel materno de Maria Santíssima. Por isto, quando alguém lhe ensina que Nossa Senhora é “a mãe do céu”, compreende quem é Maria Santíssima e o que Ela é para nós. Ao frequentar o Santuário da Medalha, ensinaram ao pequeno Felipe que ali é a casa dEla, da mãe do céu.

Tendo eu certa vez ido em visita aos pais, para presenteá-los com a foto do filho levando uma flor para o altar, a mãe o chamou, anunciando minha chegada. E ele, lá do fundo do apartamento, associando minha presença com o Santuário, onde me conhecera e ali algumas vezes me vira, perguntou à mãe: “A Mamãe do céu veio junto com ele?” Graciosa e encantadora pergunta do menino de três anos.

Esta cena infantil é uma liçã pais religiosos começam, desde muito cedo, a educar os filhos e incutir na alma da criança, a noção de Deus como pai e criador e o papel materno de Maria Santíssima na espiritualidade cristã. Hoje a televisão, desde cedo, dá à criança a colorida visão das coisas que existem e do que acontece. Pela viveza das imagens é impossível não gravá-las na mente da criança. Daí, já não sobra tempo para a prática religiosa da família e a educação religiosa dos filhos pequenos. A TV ocupa todo o tempo.

O caso aqui citado do menino de três anos é um lembrete para que não se esqueçam os pais da educação religiosa de seus filhos, desde a mais tenra idade. Pequenos gestos, pequenos fatos da vida diária podem dar ocasião para a mãe – também o pai – incutir na alma do filho os primeiros gestos de amor ao Criador. Oxalá o lar seja a “escola primária” do aprendizado do que é eterno e insubstituível.

Não se pode aceitar que as crianças vivam sem nunca terem ouvido da mãe ou do pai uma palavra iluminadora sobre Deus, que é pai e criador. Educação religiosa: não deixem seus filhos crescer sem lhes despertar os olhares para além das estrelas que brilham, à noite, na escuridão do céu.

(*) membro da Academia de Letras do Triângulo Mineiro

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