ARTICULISTAS

Diante das adversidades

Os seres humanos somos limitados. Incompletos

Terezinha Hueb de Menezes
Publicado em 26/01/2014 às 11:15Atualizado em 19/12/2022 às 09:17
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Os seres humanos somos limitados. Incompletos. Quebradiços. Frágeis.

Diante disso, nunca sabemos o que se esconde por detrás de um rosto. Raimundo Correia nos diz em seu soneto, Mal secret “Quanta gente que ri, talvez existe / Cuja ventura única consiste / Em parecer aos outros venturosa!”

É a história da máscara que esconde a verdade num sorriso aberto, numa expressão constante de felicidade, quando, no interior da alma, a tristeza, a infelicidade, as decepções, os desenganos, as frustrações estejam instaladas.

Muitos pensam que é preciso disfarçar. Evitar que os outros tomem conhecimento das adversidades que afligem a vida, no sofrimento isolado, tumultuado, desesperado na solidão.

Muitas vezes, os momentos adversos é que nos dão a dimensão exata dos momentos felizes, que precisam ser saboreados na alegria intensa.

Diante das adversidades, em minha ótica, temos duas alternativas: cair no desespero e na revolta, contra Deus e o mundo. Culpar o universo inteiro, assim, numa lógica estropiada, não encarar os problemas. Ou, na serenidade, na paciência, no compartilhamento com a família e os amigos, e, principalmente na fé, enfrentar as intempéries, como tenho feito.

Crer que Deus e Nossa Senhora estão sempre ao nosso lado. Crer que os entes queridos que nos precederam, de onde estiverem, estarão intercedendo por nós.

Crer, ainda, que a vida é o dom maior, e cada dia vivido, um milagre que se renova. Por isso a importância de viver um dia de cada vez. Com fé, esperança, aceitando as palavras do Mestre: “Basta a cada dia sua própria aflição”. Sem preocupação com o amanhã. Amanhã, como diz a música, será um novo dia. Não devemos apressar nem antecipar os fatos.

Assim tem sido minha vida. Graças a Deus e aos médicos, vencendo o linfoma que, inesperadamente, me visitou. Caminho ótima, com a saúde revigorada, nos caminhos do Senhor, no aconchego da família e no carinho dos inumeráveis amigos que me confortam e rezam por mim: tudo na serenidade, na paciência e na fé.

Meu querido amigo/irmão, Pe. Prata, me disse: “Peço ao Espírito Santo que lhe dê o dom da Fortaleza.” Estou com esse dom o tempo todo.

Cada um de nós pode ser maior que suas adversidades, sejam elas quais forem. Cada um de nós pode enfrentar e vencer seus problemas, sejam de ordem psíquica, interior, sejam de ordem física. Cada um de nós precisa ter força suficiente para mostrar-se corajoso diante de qualquer pedra que surja no caminho. E Deus, que é Caminho, nos ajudará a remover a pedra, assim afastando o que nos aflige. É o que tem acontecido comigo. Amém! (*) Educadora do Colégio Nossa Senhora das Graças e membro da Academia de Letras do Triângulo Mineiro [email protected]

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