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Meu inesquecível e sábio Murilo dizia sempre que Educação é processo. Ou seja: que ninguém educa uma criança...

Terezinha Hueb de Menezes
Publicado em 27/01/2013 às 17:31Atualizado em 19/12/2022 às 15:03
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Meu inesquecível e sábio Murilo dizia sempre que Educação é processo. Ou seja: que ninguém educa uma criança ou um jovem da noite para o dia. É necessário um trabalho contínuo, sério e responsável para que se processe a Educação.

Por extensão, penso que tudo na vida é assim: na pesquisa, no trabalho, na amizade, no amor. Com isso, garante-se a continuidade do processo, enquanto ele estiver em andamento.

Da mesma forma, qualquer processo estará comprometido, se interrompido de forma abrupta: nesse caso, haverá perdas comprometedoras para todos que nele estiverem envolvidos.

Em nossa querida Uberaba das Sete Colinas, vez por outra encontramos pessoas que culpam pessoas, normalmente do setor público, pela enxurrada de problemas que amanheceram no início de 2013, mas que vêm acontecendo, já há um bom tempo. Por exempl estaríamos com a cidade tão suja, praças e ruas repletas de mato, se o ano nascente encontrasse já a cidade limpa? Teríamos problemas com o processo educacional se o que foi iniciado estivesse em continuidade? Teríamos problemas com o abastecimento de água, tanta gente sofrendo a sequidão das torneiras, se os empecilhos tivessem sido resolvidos? E o seriíssimo problema da dengue, lotando pessoas doentes nos parcos recursos dos hospitais? Haveria dengue se não tivesse havido interrupção nos procedimentos preventivos por tão longo tempo?

Analisemos: uma cidade suja, sem controle, sem exigência e vigilância da limpeza e parte dos moradores que não cuidam de suas residências e de seus entornos, é uma cidade com pessoas fadadas a contrair a dengue: a situação lhe é propícia.

Sabemos que houve uma interrupção pública de cuidados. Isso é comum na política. Lembro-me de minha mãe contand determinado prefeito, que perdera as eleições, foi procurado por moradores, queixando-se de que a água saía suja das torneiras, barrenta mesmo. E ele teria respondido que o povo de Uberaba merecia era água suja.

Uberaba amanheceu 2013 repleta de problemas. Os desafios aí estão. Em menos de um mês de gestão, penso que o prefeito eleito e sua equipe de trabalho, saídos a campo com garra e determinação, buscam resolver os inumeráveis “abacaxis” para serem descascados. Poderiam ser frutas prontas para a degustação, limpas, bonitas, sadias, mas não foram esses os presentes recebidos.

Disse alguém que “a cidade deve ter a medida do homem”. Uberaba poderia ter a medida de cada uberabense, quando 2012 expirou, fazendo desabrochar 2013. Infelizmente, não foi assim. Mas tudo se ajeitará, temos certeza. Esforços não faltam para que isso aconteça.

Quanto à “vaca ir para o brejo”, não há esse perig ela já foi recebida atolada até o pescoç e ao nosso prefeito Paulo Piau e à sua equipe cabe a íngreme, tortuosa e estafante tarefa de salvá-la. Com certeza, e a ajuda de Deus e do povo, conseguirão. O que é esperança brevemente será realidade.

Precisamos confiar e acreditar.

*Educadora do Colégio Nossa Senhora das Graças e membro da Academia de Letras do Triângulo Mineiro. [email protected]

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