O Fórum Brasileiro de Líderes em Energia - Oil & Gas 2025 discute os desafios, oportunidades e tendências do setor brasileiro de energia (Foto/Ricardo Botelho/MME)
Latam Energy Week
Ministério de Minas e Energia (MME) participou, entre os dias 9 e 11, do Latam Energy Week, evento que reuniu os principais representantes dos setores público e privado para debaterem os rumos do setor energético nacional.
Cenário
O secretário Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do MME, Pietro Mendes, apresentou no Fórum Brasileiro de Líderes em Energia - Oil & Gas 2025, no painel “Resiliência upstream em um cenário de transformação”, dados atualizados que explicam o porquê que o Brasil deve seguir oferecendo petróleo para suprir a demanda mundial e, ao mesmo tempo, seguir na liderança na corrida pela Transição Energética.
Insumo
O secretário defendeu que o país deve seguir oferecendo o insumo ao mundo, acompanhando a demanda mundial por petróleo. “O ministro Alexandre Silveira sempre deixa claro que é fundamental atuarmos pela diminuição da demanda, mas não atacarmos as iniciativas que miram na produção. A taxa de emissão de carbono por barril no Brasil opera abaixo da média global. Diminuir a produção brasileira é, portanto, aumentar as emissões globais de carbono”, explicou.
Presenças
Estiveram presentes na abertura do evento o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro; o cônsul-geral dos Estados Unidos no Brasil, Ryan Rowlands, além de representantes da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e demais representantes do setor.
Fórum
O Fórum Brasileiro de Líderes em Energia é uma iniciativa que reúne executivos, especialistas, autoridades públicas e representantes do setor energético para discutir os principais desafios, oportunidades e tendências do setor de energia no Brasil.
Diálogo
O intuito foi promover o diálogo estratégico entre os diferentes atores da cadeia energética, como empresas, governo, academia e sociedade civil, a fim de contribuir para o desenvolvimento sustentável, a transição energética e a segurança energética do país.
Oportunidade
A Agência Eixos destacou que a revisão tarifária das transportadoras de gás natural deste ano deve ser encarada como uma oportunidade de uma “negociação geral” para revisão de todos os contratos legados, e não somente aqueles que vencem no fim do ano. A defesa dessa tese foi feita pelo coordenador-geral do Fórum do Gás, André Passos.
À mesa
“Então, se eu [como indústria gás-intensiva] estou exposto a uma concorrência brutal na ponta e que está colocando em risco os meus preços e eu não consigo receber mais gás a esse custo, pagando essa remuneração pela infraestrutura, todo mundo tem que estar na mesa”, afirmou Passos, ao participar de live na gas week 2025.
Urgência
A Eixos ainda destacou que Passos alega que os contratos legados remetem a um outro contexto de mercado e que a guerra comercial no cenário global reforça o senso de urgência para se buscar a redução do custo do gás para a indústria no Brasil.
Aprovação
A Eixos também destacou que a Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (SG/Cade) aprovou a criação de uma joint venture entre Ultragaz e Supergasbras (SGB) para a construção e operação de terminal para importação de gás liquefeito de petróleo (GLP) no Porto do Pecém, no Ceará.
Pecém
O projeto em Pecém é similar ao desenvolvido pelas empresas Oiltanking Logística (OTLB), Queiroz Participações (GEQ) e Copa Energia no Porto de Suape, em Pernambuco, aprovado pelo órgão antitruste em fevereiro de 2024.
Consórcio
Em Pecém, o consórcio é formado por Ultragaz e Supergasbras. O terminal tem capacidade de armazenamento estimada em 123.800 metros cúbicos, e o custo previsto para implantação é de R$1,1 bilhão, com conclusão prevista para 2028.