Vereadores se unem contra a farra na capital federal
A Câmara de Uberaba deu uma aula de decência ao Congresso Nacional nesta terça-feira (8). Enquanto em Brasília a turma se lambuza na ideia de inchar o Legislativo com 18 novos deputados federais e a possibilidade de um efeito cascata que criaria cerca de 30 novas vagas nas Assembleias Legislativas estaduais – como se já não bastasse o custo da ineficiência –, os vereadores uberabenses, em rara unanimidade, mandam um "chega pra lá" na proposta. Sinal de que existe direção no front municipal, onde ainda se ouve a voz da razão, mesmo que abafada pelo barulho da orgia federal.
O mercado e o povo, precisam ter voz
A proposta de aumentar o número de deputados é a prova cabal de que a realidade e a situação do país, para alguns em Brasília, pouco importa. Em tempos de ajuste fiscal, com o PIB patinando e a população apertando o cinto, a ideia de “torrar” mais R$ 150 milhões com a burocracia parlamentar é um tapa na cara do pagador de impostos. O recado de Uberaba, dado pelas moções de repúdios de autoria do vereador Marcos Jammal (PSDB) precisa ecoar Brasil afora, com outros municípios gritando juntos em nome do povo: menos cargos, mais resultados: Ou será que o bom senso vai continuar sendo moeda rara na capital federal?
(Foto/Rodrigo Garcia/Decom/CMU)
O recado da Província ao Império
A unanimidade na Câmara de Uberaba não é mero acaso; é um sintoma. Mostra que o senso de urgência da sociedade por responsabilidade fiscal e moral já não tolera mais as velhas manobras do Congresso Nacional. A adesão de 13 vereadores, incluindo nomes como China, Denise da Supra, Ellen Miziara e Almir Silva, às propostas de Jammal, reforça o coro local. Enquanto os congressistas parecem surdos às demandas por reformas urgentes, priorizando a ampliação de suas próprias castas, o “não” dos vereadores soa como um alerta: a paciência popular tem limites, e a conta desse desrespeito pode ser mais alta do que imaginam: Que 2026 seja o marco da mudança de direção nas urnas!
Câmara de Uberaba quer o fim do Abandono animal
Mas nem tudo foi confronto na sessão de ontem (8/7). Em um salutar exemplo de alinhamento entre esferas legislativas, a Câmara de Uberaba, por meio da Moção de Apoio de Diego Rodrigues (PDT), elevou o tom contra a barbárie do abandono animal. A proposta de cassar a CNH de quem comete tamanha crueldade, vinda dos deputados federais Delegado Matheus Laiola, Marcelo Queiroz e Delegado Bruno Lima, é um sopro de lucidez reconhecido pelos vereadores. Finalmente, uma penalidade que faz jus à covardia: um crime que atenta contra a vida, a segurança viária e a saúde pública, exige rigor.
Um basta uberabense à crueldade animal
A unanimidade na aprovação da Moção de Apoio em Uberaba não é apenas um gesto simbólico; é um grito de revolta contra a impunidade. Diego Rodrigues, junto a vereadores como Denise da Supra, Almir Silva, Thiago Mariscal, Caio Godoi, Marcos Jammal, Tulio Micheli, Rochelle Gutierrez e Anderson Dois Irmãos, mostra que a responsabilidade não se limita ao discurso, mas se traduz em ação concreta. Que a bancada federal ouça o clamor municipal e transforme essa proposição em lei, banindo de vez essa prática vil e promovendo a tão necessária conscientização. Afinal, a civilidade de uma nação se mede também pela forma como trata seus animais.
Túlio “Balboa”
Porém, a sessão da Câmara esquentou na apresentação dos requerimentos parlamentares. O vereador Túlio Michelli mais uma vez acendeu o farol sobre a CODAU e demonstrou que não está disposto a dar trégua para o presidente Rui Ramos. O tucano repreendeu o que classificou como “audácia de arrancar um cartaz de funcionária” que reclamava do calor no ambiente de trabalho. Ele também questionou a existência de uma “caça aos informantes", ironizando que se a moda pegar o presidente vai "dar a volta ao mundo", pois bobos e mentirosos os servidores não são (“Os vereadores também não”, frisou).
A caixa preta da CODAU
No requerimento 2094/25, Túlio Michelli continua a mirar o que considera falta de transparência da CODAU: o "Cadastro de Exceção" e a "Taxa de Resíduos Sólidos Complementares". No documento, 22 questionamentos são formulados com a clara intenção de perseguir a configuração da existência de ilicitude e falta de respeito ao consumidor. Para o vereador, em ambos os casos falta base legal, e não se verifica aval do regulador. Durante a exposição do requerimento o parlamentar ainda alfinetou dizendo que se for registrar tudo o que pensa sobre a gestão da CODAU precisaria escrever uma “Bíblia”.
(Foto/Rodrigo Garcia/Decom/CMU)
Burocracia sai do gabinete e encontra o povo
Enquanto alguns gestores preferem se trancar nos gabinetes, o Programa Aqui Tem Emprego, da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Inovação, mostra a importância de fazer política pública de verdade: com o pé na rua e foco no cidadão. Nesta terça-feira (8) foram 30 atendimentos no Morumbi e já são quase 1.200 ao longo de 2025. Um dado que não representa apenas números, são vidas sendo impactadas. A iniciativa da prefeitura levar o Sine e a Sala Mineira para perto de quem precisa, com consultoria de currículo e encaminhamento direto para as vagas é ação que desburocratiza o acesso à dignidade.
A inclusão que vem da rua
O sucesso do "Aqui Tem Emprego" é a prova de que a proatividade na Sedec faz a diferença. Ao percorrer bairros como Volta Grande, Uberaba I e agora o Morumbi, o programa, além de levar vagas para quem precisa trabalhar, oferece um leque de serviços que vai do seguro-desemprego a abertura do MEI (Para quem deseja empreender). O combate ao desemprego não pode ser representado apenas com estatísticas, exige uma rede de apoio capaz de fortalecer o trabalhador, garantindo que a oportunidade chegue a quem mais precisa.
Elisa e Marão em Brasília pelo Hospital Regional
Por falar em sair do gabinete e lutar pelo que é essencial, a prefeita Elisa Araújo e o presidente da Câmara de Uberaba, Ismar Marão, dão o exemplo. Em Brasília, junto ao ministro Alexandre Padilha, o pleito foi de R$ 21,7 milhões para o Hospital Regional mais recurso para exames, o que não representa uma luta apenas por verba: é por dignidade na saúde. A presença do Executivo e Legislativo juntos em defesa de uma causa que atende 27 municípios, mostra a maturidade política que a cidade exige e merece.
(Foto/Divulgação/PMU)
Mais recursos, menos Fila
A prefeita Elisa Araújo foi a Brasília com a faca nos dentes: o alvo principal era a fila eletrônica. O pedido de R$ 1 milhão para exames e mais R$ 500 mil para sensores de glicose em gestantes demonstra que a prioridade do governo é buscar atender às necessidades mais urgentes do cidadão. Essa busca de soluções concretas empreendidas ao lado de Marão pode ser o caminho para atacar de frente problemas que afligem a saúde da população, garantindo que perseguir esse direito constitucional deixe de ser um calvário.
A importância de eleger parlamentares por Uberaba
A reunião com o Ministro da Saúde, intermediada pelo deputado Zé Victor, com a presença da prefeita Elisa Araújo e do presidente da Câmara, Ismar Marão, demonstrou boa sinergia política. A busca por recursos para o Hospital Regional, referência para toda a região, e para agilizar exames, reflete a importância dos interesses da população estarem em primeiro lugar na definição dos nomes que concorrerão ao Legislativo em 2026, pois a união de esforços é o caminho mais curto para resultados efetivos. Sem diplomacia a cidade pode continuar sem eleger um residente para somar esforços em Brasília e Belo Horizonte.
MPE na cola da desinformação: a fatura chega
O Ministério Público Eleitoral não brinca em serviço e a conta da "campanha sistemática de desinformação" chega para Nikolas Ferreira, Bruno Engler e cia. Associar um ex-prefeito a pedofilia por trechos de um livro de ficção, mesmo após a Justiça desmentir, não é liberdade de expressão, é irresponsabilidade. A busca por votos não justifica o vale-tudo, e a eventual perda dos direitos políticos seria um lembrete salutar de que, na democracia, mentir tem consequências.
As “fake news” e o livro da discórdia
A trama envolvendo o livro "Cobiça" e as acusações de pedofilia contra o falecido Fuad Noman revela o quão longe alguns vão para tentar virar um jogo eleitoral. A insistência de Nikolas Ferreira em manter as publicações ofensivas, mesmo com ordem judicial para retirá-las, lança uma sombra sobre a lisura do processo. A narrativa que transforma ficção em denúncia leviana agora enfrenta o rigor da lei, com o MPE cobrando a fatura de uma estratégia antiética.
Nikolas Ferreira e a síndrome da perseguição
"Não fiz rachadinha, não botei dinheiro na cueca". A defesa de Nikolas Ferreira é um primor de autoelogio, mas a questão aqui é outra: desinformação. Alega perseguição política, típico de quem se vê no centro de uma conspiração. Fato é que a capacidade de discernir entre a ficção e a realidade, e, principalmente, entre a crítica e a calúnia, constituem o verdadeiro problema aqui. A Justiça Eleitoral dirá se é perseguição ou o preço da irresponsabilidade.
Frase
“A política tem que ser entendida, para merecer este nome, como uma ação cuja abrangência alcance todos os cidadãos”. (Ricardo Boechat)