Ranking publicado pela renomada revista Forbes elenca as cem maiores empresas do Agro no Brasil. O agronegócio é um dos principais pilares da economia, representando 21,8% do PIB nacional, segundo dados de 2024. Em Uberaba, além de ser também alicerce da economia local, é um dos eixos do nosso Geoparque.
Entre as empresas elencadas no ranking da revista Forbes está a Companhia Mineira de Açúcar e Álcool (CMAA), de Uberaba e fundada em 2006, com investimentos pesados em modernização do seu processo industrial. A CMAA tem uma fábrica de adubo em cada planta industrial e implantou projeto de irrigação 4.0 para aumentar a produtividade e a longevidade dos canaviais. Com receita de R$ 2,54 bilhões, a CMAA está na 84ª posição do ranking da Forbes.
A cerca de 30km de Uberaba e exercendo enorme influência na cidade, a Delta Sucroenergia também figura entre as 100 empresas mais relevantes do agronegócio brasileiro, segundo o ranking da Forbes. Pertencente à família Lyra, uma das mais tradicionais no ramo de usinas sucroalcooleiras, a Delta tem receita de R$ 3,09 bilhões, advindos da produção de açúcar para exportação, açúcar cristal para o abastecimento do mercado interno, etanol e energia elétrica a partir do bagaço da cana-de-açúcar.
A Delta tem capacidade de moagem de 11 milhões de toneladas e investiu recentemente cerca de R$ 80 milhões para a renovação de sua frota conectada em tempo real com o Centro de Inteligência Agrícola da companhia. Ela ocupa o 74º lugar no ranking da Forbes.
Ainda no Triângulo Mineiro há outras três empresas em destaque no levantamento realizado pela revista: a Aliança Agrícola do Cerrado, de Uberlândia; a Bem Brasil Alimentos, de Araxá; e a Prima Foods, de Araguari.
A Lista Forbes Agro100 é encabeçada pela JBS, do setor de proteína animal, sediada em Anápolis (GO), com receita de R$ 363,82 bilhões. Mesmo em meio a escândalos recentes, a JBS se coloca como a maior produtora de carnes do mundo, atendendo uma base de 300 mil clientes em cerca de 190 países. É uma gigante das "multiproteínas".
Ela é seguida pela Marfrig Global Foods, do mesmo segmento, sediada em São Paulo (SP), com receita infinitamente inferior, de R$ 136,49 bilhões. A Marfrig se coloca como a segunda maior produtora de carne bovina do mundo, com operação composta por 33 unidades de produção sediadas nas Américas.
Ainda no Top 10 do ranking da Forbes estão: Cargill, do setor de alimentos e bebidas, originária dos Estados Unidos, mas no Brasil desde 1965, com receita de R$ 126,4 bilhões; a Bunge Alimentos, do setor de alimentos e bebidas, originária da Holanda, mas no Brasil desde 1905, com receita de R$ 81,7 bilhões; a Ambev, do setor de alimentos e bebidas, sediada em São Paulo (SP), com receita de R$ 79,74 bilhões; a Raízen Energia, do setor de agroenergia, sediada em São Paulo (SP), com receita de R$ 78,45 bilhões; a Copersucar, do setor de agroenergia, sediada em São Paulo (SP), com receita de R$ 54,08 bilhões; a BRF, do setor de proteína animal, sediada em São Paulo (SP), com receita de R$ 53,62 bilhões; o Grupo Amaggi, do setor de alimentos e bebidas, sediada em São Miguel do Iguaçu (PR) e receita de R$ 44,87 bilhões; e a Louis Dreyfus Company Brasil, do setor de comércio e tradings, originária da França, mas no Brasil desde 1942 e receita de R$ 42,87 bilhões.
Além das cinco triangulinas, outras empresas de Minas Gerais estão na Lista Forbes Agro100. São elas: a Cooxupé, do setor de cooperativas, sediada em Guaxupé e receita de R$ 6,43 bilhões; a Heringer, que já teve fábrica em Uberaba e é sediada em Manhuaçu, com receita de R$ 5,34 bilhões; a EISA, do setor de comércio e tradings, originária da Espanha e atualmente sediada na Suíça, mas no Brasil desde 1969, na cidade de Machado, onde tem fábrica de biochar, com receita de R$ 4,61 bilhões; e a Plena Alimentos, do setor de proteína animal, sediada em Pará de Minas, com receita de R$ 2,53 bilhões.