CIDADE

63,9% das pessoas com HIV/Aids são do sexo masculino em Uberaba

Tito Teixeira
Publicado em 02/12/2023 às 11:53
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 (Foto: Divulgação)

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Dezembro Vermelho é mês de conscientização e prevenção das Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs). Dados do Boletim Epidemiológico de HIV/Aids 2022 do Ministério da Saúde apontam que em Uberaba, de 1980, início dos primeiros registros da doença, até este ano, a maioria dos infectados é do sexo masculino.

De um total de 2.751 casos registrados nos últimos 43 anos, 1.759 (63,9%) são homens e 992 (36,1%), mulheres. Somente nos primeiros meses de 2023, foram registrados 157 novos casos de Aids/HIV no município.

Nos primeiros 30 anos dos registros, entre 1980 e 2010, foram diagnosticados 1.859 casos, uma média de 61,9 novos casos por ano. Enquanto que, entre 2011 e 2023, são 893, com uma média de 74,4 novos casos.

No entanto, o número de detecção de novos casos por 100 mil habitantes caiu em Uberaba. Em 2012, chegou a 33,1; já onze anos depois, foi reduzido a quase metade, com 17,5.

Sobre o grau de escolaridade, o maior registro de casos de Aids em Uberaba está entre as pessoas que têm da 5ª a 8ª série incompletas, com 599 casos (de 1980 a 2023). O menor número está entre as pessoas com grau de instrução de Ensino Superior incompleto, com cinco casos.

Análise do Ministério da Saúde aponta que na época que eclodiu a Aids, e por vários anos depois, as pessoas se assustaram e, de fato, passaram a adotar e a exigir o uso do preservativo, bem como começaram a ter mais cuidado na escolha de parceiros. Entretanto, com o tempo, muitas pessoas se descuidaram e passaram a banalizar os riscos de contágio, o que não só as deixaram novamente expostas ao HIV, mas a todas as outras ISTs que são altamente prevalentes.

Outro ponto importante a salientar é que, embora as pessoas que vivem com HIV hoje em dia disponham de tratamentos eficazes, que não somente prolongam, mas também oferecem uma boa qualidade de vida a elas, não se pode esquecer que, para isso, elas precisam tomar regular e constantemente medicações e ter uma rotina bem rígida de cuidados, exames e controles médicos, já que ainda se trata de uma doença incurável.

No mês em que se realiza a campanha Dezembro Vermelho, iniciativa de conscientização para a importância da prevenção contra o vírus HIV/Aids e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) alerta que, se não tratadas, essas infecções podem causar lesões nos órgãos genitais, infertilidade, doenças neurológicas e cardiovasculares e até câncer, como o de útero e de pênis. (TT)

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