Brasília, 50 anos (Feliz coincidência)
De todas as comemorações do ano de 2010, certamente os 190 anos de Uberaba para o uberabense e o cinquentenário de Brasília para toda a nação brasileira
De todas as comemorações do ano de 2010, certamente os 190 anos de Uberaba para o uberabense e o cinquentenário de Brasília para toda a nação brasileira ficarão marcados em nossa memória. As datas de 02/03/1820 e 21/04/1960 trazem consigo significados especiais porque marcam duas importantes épocas.
Sobre Uberaba tenho vários fatos históricos interessantes e ainda não publicados. Prefiro, entretanto, deixá-los para outro ensejo e voltar os olhos para a “terceira filha” de JK, assim chamada no livro “Brasília Kubitschek de Oliveira” pelo ministro e historiador Costa Couto.
Tenho comigo que: coincidência é o nome equivocado que se dá ao resultado da conspiração silenciosa das Leis Universais. Quando esse resultado nos favorece, a vida tem coloridos especiais. Nossa ida a Brasília no seu 50º aniversário – 21/04/10 – e fatos lá ocorridos, provam a existência dessa Conspiração Superior. Evitarei detalhar a denúncia que fiz de um fajuto e esnobe “coronel-aviador” e a entrega de armas privativas das Forças Armadas pela FAB a adolescentes para serem fotografados. Falar de um encontro especial e único conforta a alma.
Vejamos: Palácio Catetinho (20/04/10-16h50min); primeiro local de trabalho de JK; tempo de visita que posterguei por 30 anos se encerrando. Na correria para ver os pertences do nosso maior estadista, eis que chega ao recinto sua filha Maria Estela Kubistchek Lopes e o esposo Rodrigo Lopes. O casal iria gravar cenas de um especial para a TV Record com a jornalista Christina Lemos.
Acompanhamos as cenas e ficamos na nossa. Ao final nos apresentamos e qual não foi a surpresa, quando Maria Estela referiu-se a Uberaba em alto e bom som: -“Papai tinha um carinho especial com sua cidade, tanto que transformou um presídio lá numa das melhores faculdades de Medicina do Brasil.” O nosso social Projeto Beira de Estrada, coordenado por Maria Teresa Dorça de Oliveira, foi também citado e elogiado por ela na presença de todos.
Ao ver no chão pedaços pequeninos de madeiras remanescentes do restauro da cobertura daquele cinquentenário Palácio, apanhei alguns e pedi que Maria Stela escrevesse neles a sua rubrica. Emocionada, o fez e verteu lágrimas quando lhe afiancei que Dorival Cicci (uberabense juscelinista roxo) e Manoel Sabino (candango centenário) seriam presenteados com aquelas relíquias. Jamais me esquecerei desta feliz coincidência.
(*) presidente do Fórum Permanente dos Articulistas de Uberaba e Região; membro da Academia de Letras do Triângulo Mineiro
