Por que não falar de mulheres poderosas?
No mês de março, mês em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, é interessante relembrar mulheres que governaram ao longo da história e que cada uma, a seu modo, mostrou sua força ao liderar sua nação.
Cronologicamente tivemos:
Cleópatra, governando o Egito no período de 51 a.C. a 30 a.C. A rainha egípcia não media esforços para defender o seu país do total controle romano.
Wu Zetian, governando a China no período de 625 a 705, foi a única mulher a se tornar imperatriz nesse país. Praticando uma política de abertura, escolheu intelectuais como conselheiros, incentivou a agricultura, diminuiu o Exército e reduziu taxas.
Ana Bolena, governando a Inglaterra de 1533 a 1536, teve uma passagem curta pela monarquia inglesa, reinando apenas por mil dias.
Maria Stuart, governando a Escócia no período de 1542 a 1567, teve que brigar muito para se manter no poder.
Catarina de Médici, governando a Itália (Florença) e a França no período de 1547 a 1559, causou vários conflitos religiosos.
Elizabeth I, governando a Inglaterra no período de 1558 a 1603. Considerada um símbolo nacional de pureza e visão política, defendeu a Inglaterra de ataques da Espanha e da Escócia. Foi também uma grande patrocinadora das artes, fazendo florescer o “teatro elizabetano”, cujo maior nome foi William Shakespeare.
Maria Teresa, governando a Áustria no período de 1740 a 1780, foi tolerante com os católicos ortodoxos e reforçou o Exército.
Catarina, a Grande, governando a Rússia no período de 1762 a 1796. Muito culta, a amiga de pensadores como Voltaire e Diderot organizou para se manter no trono até seu filho atingir a maioridade.
Vitória, governando a Inglaterra, a Irlanda e a Índia no período de 1837 a 1901. Foi o maior reinado da Inglaterra e um dos melhores períodos do país. Vitória liderou a corrida às colônias africanas e asiáticas, forçou a abertura dos portos nas Américas para vender produtos industrializados ingleses, apoiou o fim da escravidão. A Inglaterra tomou o lugar da França como símbolo máximo de modernidade e elegância no reinado de Vitória.
Indira Gandhi, governando a Índia no período de 1966 a 1967 e de 1980 a 1984. Foi a primeira mulher a ocupar o cargo chefe de governo indiano. Política brilhante, estrategista e pensadora, conseguiu melhorar a Índia no seu governo. Indira foi adorada pelas massas e considerada por uma pesquisa na época como a governante mais admirada no mundo. São atribuídas a Indira, entre outros feitos, a nacionalização dos bancos na Índia, a autossuficiência alimentar em cereais no país e a iniciação do programa nuclear indiano. Recebeu o prêmio Lênin da Paz e governou até ser assassinada por um extremista sikh.
Margaret Thatcher, governando a Inglaterra no período de 1979 a 1990, foi a única a se tornar primeira-ministra no país. Adepta de medidas drásticas, foi chamada de Dama de Ferro. Tentou combater a inflação com menos intervenção do estado na economia, enfrentou a Guerra das Malvinas, em 1982, e um ataque terrorista em 1984.
Na América Latina, as mulheres também compareceram, representando seu país:
Princesa Isabel, governando o Brasil, foi Regente do Império por três ocasiões: nos períodos de 1871 a 1872, 1876 a 1877 e 1887 a 1888, quando assinou a Lei Áurea, libertando os escravos.
Maria Estela Martinez de Perón, governando a Argentina no período de 1974 a 1976.
Violeta Chamorro, governando a Nicarágua no período de 1990 1997.
Jenet Jargan, governando de Nicarágua no período de 1990 a 1997.
Mireya Moscoso, governando o Panamá, de 1999 a 2004.
Michelle Bachelet, governando o Chile no período de 2006 a 2010.
Cristina Kirchner, governando a Argentina desde 2007.
Laura Chinchilla, governando a Costa Rica a partir de 2010.
Dilma Rousseff, governando o Brasil a partir de 2011.