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As eleições e nossa responsabilidade

Dentro de três dias, estaremos escolhendo o novo Presidente de nossa Pátria

Dom Benedicto de Ulhôa Vieira
Publicado em 28/10/2010 às 19:18Atualizado em 20/12/2022 às 03:32
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Dentro de três dias, estaremos escolhendo o novo Presidente de nossa Pátria. É um momento importante para os brasileiros poderem escolher com seu voto secreto a pessoa que, pelo tempo constitucional, vai presidir os destinos de nossa Pátria. Democraticamente quem obtiver o número mais alto de votos será proclamado pela justiça o vencedor e, portanto, o eleito.

A liberdade, que hoje temos, deve ser exercida com responsabilidade. Votar supõe capacidade de julgar e escolher. Para que o eleitor possa discernir quem é o melhor para servir o Brasil é que tivemos, por largo tempo, os candidatos expondo seus programas, ideias, propósitos e sua experiência em cargos anteriores, o que evidentemente é – a meu ver – o critério mais importante e indispensável.

Na minha já longa vida, vejo esta eleição com alguma preocupação justa. Exemplific autoridades constituídas, que deviam – a meu ver – ser imparciais, deixando o eleitor livre para julgar e escolher, participaram das propagandas de maneira fortemente parcial e às vezes usando linguagem vulgar e agressiva.

O próprio Presidente da República desceu da alta cátedra de seu cargo, fazendo-se ativo membro da propaganda política de sua preferência. Esquecido da dignidade de sua função, ofuscou a respeitabilidade da presidência. Lamentável, sem dúvida. Houve outros senões que poderiam ser evitados. Pareceu-me que a propaganda partidária tomou algumas vezes um aspecto agressivo e menos justo com o adversário.

Para o eleitor fica a visão de que todos, por motivo patriótico, têm de acompanhar criticamente a atuação dos governantes. É muito comum não se interessar com a política a não ser na época das eleições, mas devemos acompanhar a vida do país, a ação dos governantes e a atitude dos políticos sempre, a fim de, na época das eleições ter uma clara e justa visão da política e dos políticos, sobretudo dos governantes.

As cenas da atual preparação das eleições não são merecedoras de aplausos, mas merecedoras de muitas observações críticas e de reprovação séria e justa de não poucos acontecimentos.

Permita-nos a Providência divina que, apesar dos casos menos dignos desta campanha, os que merecerem ser eleitos tenham consciência clara de sua responsabilidade e de sua nobre obrigação de trabalhar pelo bem do povo brasileiro, sabendo que Deus os há de julgar pela dedicação ao bem do Brasil ou pelo descuido dos deveres em favor da nação. Aos que votam, Deus dê luzes necessárias para a escolha acertada dos que devem zelar pelo bem de nossa pátria!

(*) membro da Academia de Letras do Triângulo Mineiro

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